Moita Flores recandidata-se em Santarém sem pedir maioria absoluta
Autarca recebeu banho de multidão no anúncio da sua recandidatura
Gente de todos os quadrantes políticos esteve no hotel da cidade para dar o seu apoio a Moita Flores. Entre eles alguns presidentes de junta eleitos pela CDU.
Ver vídeo em: http://www.omirante.pt/omirantetv/index.asp?idgrupo=2&IdEdicao=54&idSeccao=514&id=29294&Action=noticiaFrancisco Moita Flores não vai pedir uma maioria absoluta para governar a Câmara de Santarém no próximo mandato autárquico, embora esse cenário seja cada vez mais credível atendendo ao conjunto de apoios que vem acumulando e à fragilidade que a oposição vem manifestando. Após a apresentação da sua recandidatura pelo PSD, no dia 19 de Março, o autarca, que governa com maioria relativa, desvalorizou uma eventual maioria absoluta, admitindo que “poderia dar mais estabilidade política, mais agilidade mas perdia-se o sentido do contraditório”.“Não sou grande apologista de maiorias absolutas. Eu julgo que a democracia se faz ganhando e perdendo, e viver com a mesma temperança e tranquilidade uma derrota como se vive uma vitória. Não é uma coisa que me preocupe”, frisou. Moita Flores apresentou a sua recandidatura na sala de uma unidade hoteleira da cidade repleta com cerca de 400 pessoas, que ouviram as explicações para uma decisão que foi muito ponderada e discutida com a família. A requalificação urbana da cidade e da zona ribeirinha foram as razões que mais pesaram para a recandidatura, a par da compreensão da família. O afecto e os apelos do povo anónimo, o apoio do PSD e a inoperância de uma oposição que, na sua óptica, não tem capacidade para enfrentar os desafios emergentes ajudaram a consolidar essa posição.A presença de Pedro Passos Coelho – candidato derrotado à liderança nacional do PSD - constituiu a grande surpresa da tarde, a par da ausência do presidente da distrital “laranja”, Vasco Cunha (ver caixa), que não foi convidado. Embora não seja presidente do PSD, Passos Coelho discursou quase como tal elogiando a disponibilidade de Moita Flores para tentar continuar durante mais quatro anos o projecto autárquico que "trouxe a Santarém uma visibilidade e uma abrangência política que o PSD agradece".Ainda em nome do PSD, o coordenador distrital para as autárquicas, Miguel Relvas enalteceu Moita Flores pelo que fez pela "afirmação de Santarém". E alertou que as eleições não são favas contadas apelando à mobilização. Também Ricardo Gonçalves, presidente da concelhia de Santarém do PSD, elogiou a obra feita: “Há quatro anos ninguém pensava que fosse possível transformar tanto Santarém”.O discurso mais emocionado pertenceu à esposa de Moita Flores, que levou os dois às lágrimas. A actriz Filomena Gonçalves deu voz aos dilemas com que a família se debateu até se chegar à decisão anunciada. "Ele adora desafios, sabe vivê-los e vencê-los", disse, acrescentando que uma das razões para o apoio familiar foi a chuva de apelos de povo anónimo e também o facto de ver como o concelho mudou nos últimos quatro anos: "Santarém está mais bonita, mais doce, mais senhora de si".Moita Flores garantiu no seu discurso que até às cerimónias das comemorações nacionais do 10 de Junho em Santarém não vai realizar qualquer acção de pré-campanha nem volta a falar sobre eleições e candidaturas. "Chegou a hora de viver Santarém e construir um futuro límpido, culto e solidário", disse perante os aplausos da plateia, onde se encontrava gente de todos os quadrantes políticos, com destaque para a maior parte dos presidentes de junta de freguesia que em 2005 foram eleitos pela CDU e entretanto se desvincularam dessa força política.
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