Os jovens sonham e a obra nasce. Ajudar a abrir poços em África começa agora a ser uma realidade e bastam apenas 600 euros. “Um euro…um poço” é o nome da campanha de angariação de fundos levada a cabo por treze estudantes da turma do 11. A e por uma professora da Escola Secundária da Azambuja. O projecto foi proposto à OIKOS – organização não-governamental de cooperação e desenvolvimento – que o aprovou e inseriu numa iniciativa maior, já implementada no país do escritor Mia Couto. “Na escola estudam cerca de 600 alunos e se cada um contribuir com um euro consegue-se dinheiro para abrir um poço por mês, com água potável, em Moçambique”, afirma a professora Margarida Duarte, uma das mentoras do projecto. A campanha já começou e na primeira segunda-feira de cada mês os alunos envolvidos vão vestir a camisola do projecto, pegar no mealheiro e recolher os donativos de todos aqueles que dentro da escola queiram contribuir. Estará também montada uma banca no átrio do estabelecimento de ensino. A iniciativa vai-se alargar aos cerca de 400 alunos das Novas Oportunidades, que estudam durante a noite, e tentar dessa forma arranjar mais dinheiro que será canalizado para ajudar quem mais necessita. Os treze jovens altruístas têm um sonho. O de fazerem a viagem de finalistas a Moçambique para verem in loco o resultado de tanto empenho em prol de alguém que não conhecem, mas que precisa de ajuda. Seria uma recompensa bem merecida pela dedicação ao próximo. Coisa pouco vista nos dias que correm e ainda por cima por iniciativa de jovens com 16 e 17 anos. Jorge Afonso da Silva