Foram aprovadas na última segunda-feira as contas da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O relatório regista uma receita de 83,9 milhões de euros, mais 12 que em 2007. A autarquia apresenta uma despesa de 79 milhões de euros, mais 12 que no ano anterior. Para a presidente Maria da Luz Rosinha “no último trimestre de 2008 já se sentiram claramente os efeitos da crise económica em algumas áreas de receitas, entre elas o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). O imposto, no caso do município de Vila Franca, representa mais dinheiro nas contas de 2008, mas não está a ser pago por todos os contribuintes, que aumentaram, devido às alterações no número de fogos sujeitos ao imposto, pelo que as receitas ficaram aquém do esperado, considera o executivo. Os impostos totais directos cobrados desceram 3,9 por cento em relação a 2008. O investimento continua a ser a principal componente da despesa com 25,4 milhões de euros, seguido das despesas com pessoal na ordem dos 17,3 milhões de euros. A câmara conseguiu também reduzir para 35 dias o prazo de pagamentos a fornecedores. Para a oposição, as contas suscitam críticas. Nuno Libório e Carlos Coutinho, vereadores da CDU, consideraram que o aumento das receitas por impostos directos justificava a aplicação de uma taxa de IMI mais baixa em 2008. Os vereadores elogiam no entanto, o aumento do número de trabalhadores que deixaram de ter vínculos precários e o aumento dos quadros em 400 trabalhadores. Rui Rei, vereador da Coligação Mudar Vila Franca, criticou a lentidão dos processos burocráticos e a capacidade de gerar receita da autarquia pela atracção das empresas.