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Irregularidades na herdade para onde está prevista construção de cadeia

A Autoridade Florestal Nacional encontrou irregularidades na Herdade dos Gagos, propriedade da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim, para onde está prevista a instalação da prisão do Vale do Tejo. Segundo confirmou a O MIRANTE o Ministério da Agricultura, que tutela a autoridade, foram detectadas situações de “más práticas de mobilização dos solos na proximidade de alguns sobreiros, tendo algumas destas árvores protegidas por lei, ainda jovens, ficado feridas por acção de uma máquina. Esta situação aconteceu no decorrer de trabalhos de limpeza e reflorestação de uma área da herdade perto do local para onde está prevista a prisão, mas fora do seu perímetro já definido. O ministério acrescenta que o número exacto de árvores desta espécie protegida que foram afectadas ainda não está determinado. Mas confirma que a GNR “vai dar seguimento ao processo de contra-ordenação, após contagem dos sobreiros afectados”. E justifica que o ministério “tem por posição obrigar ao cumprimento das normas regulamentares para este tipo de situações”.A associação ambientalista Quercus já tinha vindo denunciar o abate ilegal de sobreiros, tal como a deputada Luísa Mesquita e o Grupo de Cidadãos de Defesa da Ribeira de Muge, que até fez um comunicado com as coordenadas obtidas através de GPS dos locais em causa. Numa visita à herdade no sábado, dia 21, promovida pela junta de freguesia, o presidente da junta, disse que não tinha nada a ver com o assunto. Manuel Bastos Martins (PS), garantiu perante os que participaram na iniciativa que não mandou abater qualquer sobreiro. Manuel Bastos Martins salientou que a operação de reflorestação de uma parte da herdade está a ser feita por uma empresa especializada e desconhece a existência de problemas. No espaço destinado à construção da cadeia, o presidente da junta mostrou que o terreno não foi mexido nem será até o Ministério da Justiça ordenar. Antes desta visita a assembleia de freguesia ratificou os protocolos com o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça com vista à cedência em direito de superfície da parcela de 42 hectares, depois de já terem sido aprovados anteriormente. A ratificação visou também a inclusão dos textos dos protocolos na acta que não tinham ficado na primeira deliberação.A junta de freguesia já remeteu o processo para autorização de abate de 1430 sobreiros na área de construção da cadeia.

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