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Galhofeiro Manuel Serra d’Aire

O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas, é o novo presidente da Rede Europeia das Cidades do Vinho. Finalmente a cidade que se auto-proclamou “Capital do Vinho” merece essa designação com toda a propriedade. Já lá vão os tempos em que o vinho dava de comer a um milhão de portugueses, como se dizia nos tempos de Salazar. Hoje já não será tanto assim, mas pelo menos permite alimentar e matar a sede ao ego de todos os ribatejanos que gostam da pinga e têm orgulho no sucesso dos seus conterrâneos. Um brinde pois ao Paulo Caldas, que aliás parece perceber muito mais de vinho do que de água, tendo em conta as peripécias que se têm verificado ao longo do processo da concessão a privados da rede de abastecimento de água no seu concelho. E por falar em água, essa história das facturas astronómicas apresentadas pela empresa intermunicipal Águas do Ribatejo está muito mal contada. Cá para mim trata-se de um acto visionário por parte da administração da empresa, que começa assim a preparar os seus consumidores para os anunciados tempos em que a água vai custar mais do que a gasolina. Assim, quando essa realidade se consumar já não vai custar nada porque a malta já está habituada a pagar balúrdios. Não é espectacular? E ainda dizem que os nossos políticos e gestores não pensam a longo prazo…Em Alpiarça continuam a ocorrer fenómenos estranhos, para não dizer paranormais, que bem poderiam servir de inspiração aos criadores de algumas daquelas séries americanas que passam nos canais por cabo. Quem não se lembra, por exemplo, do célebre roubo do pesado cofre municipal, que desapareceu sem deixar rasto? Já para não falar de alguns negócios com terrenos na zona industrial, ou da visualização de páginas de pornografia na Internet em computadores da câmara e outros episódios burlescos. Isso não merecia uma série especial do CSI? Claro que merecia!Por cá não há polícia de investigação que consiga decifrar semelhantes mistérios, mas há a famigerada ASAE que se lembrou de passar a pente fino algumas instalações municipais de Alpiarça. Curiosamente, quando o novo presidente da câmara ainda mal tinha aquecido o lugar. Os problemas já vinham dos tempos da gestão socialista, diz o novo autarca comunista, mas provavelmente os fiscais da ASAE só agora puderam fazer o seu trabalho. É este conjunto de coincidências e circunstâncias que fazem Alpiarça pedir meças ao Entroncamento no que toda à produção de fenómenos.Fenomenal é também o estado a que chegou o futebol nesta região. Ele é cheques extraviados, presidentes pistoleiros, ameaças e chantagens, dívidas e falências, clubes extintos que renascem com outros nomes. E, para cúmulo, a proibição da venda de vinho e cerveja nos bares dos campos de futebol. Um catálogo de excelsas práticas que merecia ser condensado em livro, com prefácio de um Valentim Loureiro ou de um Pimenta Machado.Um brinde à tua saúde do Serafim das Neves

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