O conselho de administração da Águas do Ribatejo aceitou a integração do município de Torres Novas na empresa intermunicipal que já gere os sistemas de águas e saneamento públicos nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente. A decisão foi tomada numa reunião esta segunda-feira, 7 de Dezembro. A entrada deste município na empresa vem compensar alguma falta de escala gerada pela saída das câmaras de Santarém, Golegã e Cartaxo do processo, ainda antes da constituição formal da Águas do Ribatejo. A adesão ainda tem que ser ratificada pela assembleia-geral da empresa intermunicipal de capitais unicamente públicos, que reúne no dia 12, mas não devem existir entraves. Até porque, como diz o presidente do conselho de administração, Sousa Gomes, a integração deste município vem dar um estatuto mais importante à empresa e lhe permite um poder maior para negociar, por exemplo ao nível dos apoios comunitários para construção de equipamentos. Com a sua entrada na empresa, que implica uma transferência de património, como aconteceu com as outras autarquias, Torres Novas passa a ser o maior município no seio das Águas do Ribatejo, com um total de 36 mil clientes, informou Sousa Gomes, que também é o presidente da Câmara de Almeirim e da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. O autarca destaca que esta situação vai levar a que sejam feitas novas candidaturas a apoios do Fundo de Coesão, uma vez que o concelho em causa também está necessitado de obras nas redes de águas e saneamento. Sousa Gomes reconhece que com esta adesão, a Águas do Ribatejo passa a ter “um estatuto mais importante” e “compensa o facto do município de Santarém não ter entrado no processo”. O município de Torres Novas deu o primeiro passo com vista a esta integração em 13 de Fevereiro deste ano quando anulou uma deliberação de 2003 que previa a concessão a privados da gestão dos sistemas de abastecimento de água e saneamento básico. Mas já há algum tempo que se falava nesta possibilidade. No final de 2007 o presidente da câmara, António Rodrigues (PS), anunciava que ponderava a adesão à Águas do Ribatejo. Na altura o autarca explicava que o município tinha duas hipóteses: ou a Águas do Ribatejo ou a Águas do Centro. Mas inclinava-se mais para a primeira opção porque, afirmava, a maioria do capital estava nas mãos das câmaras. Nessa altura havia a intenção de alienar 49 por cento da empresa a um privado, ideia que acabou por ser abandonada, acabando as câmaras por assumirem a totalidade do capital social.