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PSD e CDU da Assembleia de Freguesia da Barrosa renunciam ao mandato

PSD e CDU da Assembleia de Freguesia da Barrosa renunciam ao mandato

Será criada uma comissão administrativa que fará a gestão até novas eleições

A presidente da junta não aceitou executivo tripartido e eleitos da CDU e PSD renunciaram aos mandatos. Será criada uma comissão administrativa que fará a gestão da autarquia até que se realizem eleições, que decorrerão só depois de Abril.

Os eleitos da CDU e do PSD da Assembleia de Freguesia da Barrosa, concelho de Benavente, decidiram renunciar ao mandato depois de três tentativas frustradas para a eleição do executivo por falta de acordo entre as forças políticas.O presidente da Câmara de Benavente disse na última reunião de câmara, realizada segunda-feira, 7 de Dezembro, que lamenta esta situação inédita. António José Ganhão revelou ainda que, numa derradeira tentativa correu o risco, como presidente, de propor “um executivo tripartido, com o objectivo de garantir estabilidade ao mandato de quatro anos, mas que a presidente da junta recusou”, preferindo negociar “impondo condições”.Na mesma reunião, Ana Casquinha, presidente da Concelhia do PS de Benavente, “congratulou-se” com a decisão dos eleitos das duas forças políticas, defendendo a posição de Fátima Machacaz. José da Avó, vereador eleito pelo PSD, foi mais uma voz crítica contra a posição da presidente de junta.Perante a decisão da autarca - de não prescindir de ter maioria no executivo de cinco elementos - os três eleitos da CDU e o elemento do PSD decidiram avançar com a renúncia do mandato pois, segundo eles, foi a única forma de desbloquear o impasse. Para os eleitos das duas forças esta decisão foi tomada em nome da população da Barrosa, dos seus interesses e “para que a junta possa funcionar e os ordenados sejam pagos aos funcionários”. O mês de Novembro e o subsídio de férias dos três trabalhadores da junta continuam por pagar.Face a esta situação vai ser nomeada uma comissão administrativa que fará a gestão da autarquia até à realização de eleições, que só poderão decorrer seis meses depois das últimas autárquicas que se realizaram em Outubro. Nunca antes de Abril do próximo ano.Com 41,8 por cento dos votos, Fátima Machacaz (PS) conquistou três mandatos nas autárquicas de 11 de Outubro, os mesmos que a segunda força mais votada, a CDU (36,61 por cento dos votos), que detinha a gestão da Junta no mandato anterior, enquanto o PSD, com 20,64 por cento dos votos, tem um eleito.Nas duas primeiras reuniões, realizadas a 26 de Outubro e 12 de Novembro, a presidente da Junta apresentou propostas sucessivas com os nomes dos dois vogais que a deveriam acompanhar no executivo, que foram sempre chumbadas. Fátima Machacaz não abdicava de chefiar um executivo em que o partido que venceu fosse maioritário, incluindo por isso sempre um elemento do PS nas suas propostas, o que os outros dois partidos não aceitaram.Na terceira e última tentativa de acordo, feita em reunião realizada na segunda-feira à noite, 23 de Novembro, voltou a falhar a tentativa de eleger o executivo, uma vez que os três eleitos da CDU e o eleito do PSD se mostram irredutíveis na sua posição assim como a presidente da Junta da Barrosa.Contactada pelo nosso jornal a presidente da Junta de Freguesia da Barrosa, Fátima Machacaz, diz-se tranquila para enfrentar novas eleições. “O resultado será aquele que a população da Barrosa quiser”, refere, sublinhando no entanto que ainda não teve conhecimento oficial da renúncia dos eleitos da CDU e PSD.
PSD e CDU da Assembleia de Freguesia da Barrosa renunciam ao mandato

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