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Armando Neves

59 anos, empresário, Fátima

“Há alguns anos quando via alguém a pedir boleia na estrada, parava e ajudava. Mas hoje há menos segurança, menos confiança. E pode estar sempre mais alguém escondido à espreita para nos atacar”

O que pensa da instalação de portagens em vias que anteriormente eram de circulação livre?Acho correcto que se pague. A vida custa a todos e se todos pagarem, mais fácil é.Alguma vez comprou alguma coisa através da internet?Nunca fiz compras pela internet mas já cheguei a pensar nisso. Mas como sou conservador, gosto mais do contacto directo. De ver e apalpar o produto. E penso que o comerciante também prefere deste modo. Internet para mim é mais para pesquisar alguns assuntos.Costuma dar esmolas a quem pede nas ruas de Fátima?Não costumo dar e nem devia de haver pedintes em Fátima. Devia-se controlar melhor essa situação. Costumo contribuir para instituições de solidariedade social.Um curso superior ainda vale alguma coisa nos tempos que correm para ter trabalho?Vale sempre porque é um curso superior e penso que toda a gente deveria ter um. O problema é não haver empregos. Mas o que eu mais lamento é terem acabado com as escolas comerciais e industriais que formavam pessoas para o mercado de trabalho. Hoje há as escolas profissionais mas não é a mesma coisa.Qual deveria ser o valor do ordenado mínimo nacional?O que foi pensado e o que as pessoas estavam à espera, os 500 euros mensais.Costuma poupar água nos períodos de seca?Costumo poupar e não é só na água, é em tudo. Alguma vez pediu o livro de reclamações?Já pedi uma vez e cheguei mas desculparam-se e pediram-me para não reclamar e acabei por aceder. O que pensa das pessoas que recorrem ao crédito para ir de férias?Cada um sabe da sua vida mas é necessário ter muito cuidado para que as férias não acabem com o pesadelo dos pagamentos das prestações. O que gosta mais de fazer nas férias?Parte-se do princípio que as férias são para uma pessoa não fazer nada, para descansar. Pessoalmente procuro explorar a natureza, andar por esse país além. Se vir uma pessoa em apuros na estrada é capaz de parar para ajudar?Há alguns anos quando via alguém a pedir boleia na estrada, parava e ajudava. Mas hoje há menos segurança, menos confiança. E pode estar sempre mais alguém escondido à espreita para nos atacar.Costuma pensar muito na velhice?Não (risos). Só daqui a 50 anos…Costuma ir a festas populares?Costumo. São eventos que fazem parte da nossa cultura, tanto religiosa como profana. Gosto de ir e de conviver, encontrar conhecidos, sobretudo nesta altura do ano em que aparecem os emigrantes.Costuma deixar gorjeta nos restaurantes?O meu restaurante, nos tempos que correm, é cada vez mais a minha casa. Mas se for e houver simpatia da parte do empregado, desde que não seja o patrão, deixo sempre os trocos. Se tivesse de sair de Portugal para onde ia viver? Para o Brasil ou para Moçambique. O Brasil porque já lá estive, temos a mesma língua e é um país que está em grande desenvolvimento. Moçambique porque fiz lá a tropa e gostei. E pelo que se diz é um país mais estável que Angola.

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