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Basquetebol em risco no Clube Náutico de Abrantes

Falta de espaço coberto na cidade para treinar e jogar está a colocar em causa a prática de desporto de mais de uma centena de jovens

O Clube Náutico de Abrantes desenvolvia até há cerca de dois anos a prática da modalidade de basquetebol no velhinho Pavilhão Desportivo Municipal, que precisava de obras de recuperação e beneficiação, na altura da requalificação da Escola Secundária Solano de Abreu a Câmara Municipal de Abrantes estabeleceu um protocolo com a empresa Parque Escolar para que esta fizesse a requalificação do espaço e assim ficasse integrado no equipamento escolar. Agora com o espaço recuperado os clubes estão impedidos de desenvolverem ali a sua actividade devido às elevadas taxas de utilização pedidas pela Parque Escolar.

Nuno Ruivo, presidente do Clube Náutico de Abrantes não quer acreditar que o clube seja obrigado a acabar com a modalidade, mas aceita que muitos jovens deixem de comparecer aos treinos e jogos devido às deslocações que têm que ser feitas para o Tramagal ou para o Pego e obrigam a sair mais cedo de casa e a chegar mais tarde.Na altura do início das obras os clubes que utilizavam o pavilhão acederam a “desenrascarem-se” até que a obra estivesse completa. “Tínhamos a promessa da Câmara Municipal de Abrantes de que o protocolo assinado com a Parque Escolar continha uma cláusula em que fora do horário escolar o pavilhão ficaria à disposição dos clubes a preços iguais aos praticados até aí pelo município”, disse.Durante os dois anos em que o pavilhão esteve em obras o Clube Náutico de Abrantes treinou no Pavilhão Municipal de Constância onde contou com a boa vontade da câmara que cobrava uma taxa relativamente favorável, mas juntamente com as deslocações levou todas as economias do clube. “Não podemos mais andar com a casa às costas, não temos disponibilidade financeira para o fazer, urge por isso resolver o problema do pavilhão de Abrantes”, diz Nuno Ruivo.O clube abrantino tem dez equipas de basquetebol em competição, mais os jovens do minibasquete, é muita juventude a praticar a modalidade e se a câmara não resolver rapidamente o problema com a Parque Escolar “teremos que parar com algumas das equipas, não é possível andar a caminhar todos os dias para o Pego e para o Tramagal, é um dispêndio muito grande de verbas e os jovens começam a cansar-se de andar a sair mais cedo de casa e a entrar mais tarde”, disse Nuno Ruivo. O presidente do Clube Náutico de Abrantes tem estado em contacto com a autarquia e sabe que têm sido desenvolvidos esforços para resolver o problema. “Não temos razão de queixa da autarquia, temos um excelente relacionamento, e não nos falta com o apoio atribuído, mas tarda em resolver este problema que afecta muito o nosso trabalho”, referiu.Câmara de Abrantes exige que a Parque Escolar cumpra o protocoloA Câmara Municipal de Abrantes tem vindo a insistir com a Parque Escolar para que o protocolo assinado entre as duas entidades seja cumprido. O gabinete do vereador do desporto garantiu que têm sido insistentes os contactos com os responsáveis da Parque Escolar.Já foram pedidas reuniões que aguardam resposta. “Os responsáveis da Parque Escolar escudam-se nas alterações que estão a ser feitas pelo Governo para adiar o encontro. Mas a disposição da autarquia é a de exigir o cumprimento do protocolo o mais rapidamente possível”.O Vereador do Desporto é das pessoas mais impacientes com a demora da implementação do protocolo. “A cedência do pavilhão à Parque Escolar foi feito na base da reciprocidade, está bem explícito no protocolo que fora do horário escolar ficará ao dispor da comunidade no moldes e com as taxas iguais às que eram fixados pela autarquia. Da Parque Escolar isso não é negado, apenas existe uma demora que é provocada pela auditoria que decorre na instituição. Pensamos que dentro de poucos dias a situação ficará resolvida”, garantiu.

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