A acta da reunião do executivo da Câmara da Golegã de 17 de Agosto é um pedaço de literatura burocrático-humorística do melhor que se tem produzido por essas autarquias fora. Primeiro que tudo porque não houve reunião, pelo que o documento tem o sugestivo título de “Acta relativa à falta de quórum na reunião ordinária da Câmara Municipal de Golegã que deveria ter tido lugar no dia 17 de Agosto de 2011”.Em segundo lugar porque num executivo com cinco elementos - e ainda por cima todos do mesmo partido (PS), o que já de si é caso raro - apenas compareceu na sala de sessões à hora marcada o vereador António Pires Cardoso, que felizmente teve como companhia o chefe da Divisão Municipal de Administração e Finanças. Assim não se sentiu sozinho e teve alguém para com ele assinar a acta a provar que eles bem quiseram reunir, mas não houve parceiros.Em terceiro lugar, e não menos curioso, todos os quatro faltosos (o presidente Veiga Maltez e os vereadores Rui Medinas, Ana Caixinha e Bruno Medinas) estavam de férias ao mesmo tempo. O que leva a perguntar por que razão marcaram a reunião para aquela data e se não sentiram remorsos por deixarem sozinho na câmara o camarada Pires Cardoso, pregando-lhe uma partida daquelas?