O meu pai era militar de carreira. Quando era sargento lembro-me de ele dar aulas a soldados que vinham das aldeias completamente analfabetos. As aulas eram à noite e ele levava-me consigo. Os tempos são outros e há menos analfabetos do que há quarenta e tal anos mas o ensino continua a ser um importante instrumento de libertação. Proporcionar instrução aos presos deveria ser visto como um investimento e não como uma despesa. Sempre é melhor haver 28 por cento dos presos a aprender do que vê-los todos entretidos com outras coisas que, na maior parte dos casos só servem para os embrutecer. Espero que O MIRANTE venha a informar-nos sobre o epílogo deste assunto. Pedro Rapado