Obras para suster terrenos da escola de A-dos-Loucos adiadas para o próximo ano
Trabalhos já foram adjudicados mas câmara não avança já para não perturbar as aulas
Estava previsto as obras arrancarem este ano, mas o vereador das obras municipais da Câmara de Vila Franca de Xira que tinha garantido que a realização das obras não ia afectar as aulas, voltou atrás e adiou a intervenção para o próximo Verão.
As obras de sustentação dos terrenos e do muro da escola do primeiro ciclo de A-dos-Loucos, freguesia de São João dos Montes, estavam para começar em breve, mas a câmara decidiu adiar os trabalhos para 2012, por altura das férias de Verão. O vereador das obras municipais da Câmara de Vila Franca de Xira, Rui Rei, tinha dito no início de Setembro na reunião do executivo que as obras estavam “adjudicadas e prontas para começar”, desvalorizando o facto de as mesmas ocorrerem ao mesmo tempo que as aulas. Na sessão de 7 de Setembro Rui Rei (Coligação Novo Rumo) tinha dito que “não haverá nenhum problema para a escola e para os alunos pelo facto de a obra estar a decorrer ao mesmo tempo que as aulas. Senão não avançávamos com os trabalhos nesta altura”. Para a decisão de adiar os trabalhos, que têm um custo de 120 mil euros e um prazo de execução de dois meses, terá contribuído o facto de alguns pais e professores da escola mostrarem preocupações sobre os impactos que os ruídos e vibrações dos trabalhos provocariam no ambiente das salas de aula. Apesar de reconhecerem que as obras são necessárias e urgentes. Os terrenos da escola, que tem mais de 40 alunos, deslizaram e o muro cedeu e quase desabou para a via pública durante as chuvadas de Janeiro do ano passado. Na altura foi feita uma intervenção de emergência. Rui Rei tinha dito ainda na sessão camarária que o atraso numa intervenção de fundo no local se deveu a “contratempos encontrados nas fundações do muro” mas que as dificuldades já tinham sido ultrapassadas e a situação ia ser revolvida rapidamente. As pessoas que moram ao lado da escola estranharam o período escolhido para fazer a intervenção. Mas até já estavam resignadas. “Só espero que não demore muito tempo porque quem vive aqui está farto de ver estas soluções temporárias que mais parecem soluções definitivas. E o muro na situação em que está não deixa de ser um muro perigoso”, refere Odete Rodrigues, que agora vai ter que esperar mais um ano. Fernando Sequeira, outro residente, também questionava o facto de estas se iniciarem numa altura em que podem ocorrer chuvadas. “Estarem à espera do Inverno para começarem a fazer obras não faz muito sentido”, sublinha.Recorde-se que os terrenos deslizaram pouco mais de dois anos após a construção da escola numa zona inclinada. Para remediar temporariamente a situação a câmara municipal colocou blocos de cimento para evitar que o muro ruísse e para suster as terras. Os blocos estão a ocupar uma parte da estrada principal da localidade e causam constrangimentos na circulação automóvel e de peões. A escola tinha sido construída de raiz no final de 2008 para substituir uma antiga escola com mais de 40 anos. O problema que levou ao deslizamento de terras está relacionado com a falta de capacidade de drenagem das águas da chuva. A situação gerou críticas da população. Em Junho de 2010 o executivo da câmara municipal assegurou aos moradores que a escola era segura e que a solução de sustentação temporária do muro era eficaz.
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