População de Benavente aprova moção em defesa dos serviços de saúde
Algumas centenas de pessoas aprovaram, na segunda-feira à noite, 26 de Setembro, uma moção em que exigem o cumprimento do acordo do Estado com a Misericórdia de Benavente, permitindo o acesso às consultas de especialidade, entre outras medidas de melhoria de vida das populações.A moção, aprovada com apenas uma abstenção, é dirigida ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, por ter um carácter que ultrapassa as questões da área da saúde, ao exigir, nomeadamente, o aumento dos salários e das pensões e a transferências de verbas que permitam às autarquias cumprirem as suas funções, disse à agencia Lusa o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde de Benavente.Domingos David disse à Lusa que, se bem que a questão do acordo com a Santa Casa da Misericórdia tenha voltado a dominar a reunião, estiveram igualmente em discussão questões como a “degradação das reformas” que está a levar muitos idosos “a não tomarem a medicação o mês todo”, pois muitas vezes “têm que optar entre comprar alimentos ou medicamentos”.O porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde de Benavente disse à Lusa que, desde a reunião realizada no início de Agosto, “alguns problemas foram resolvidos”, como o acesso à fisioterapia e às consultas de dermatologia, estando em resolução o acesso à cirurgia geral, mas faltando ainda os serviços de cardiologia e oftalmologia, nomeadamente.O movimento de contestação teve origem no incumprimento de um acordo assinado entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a Santa Casa da Misericórdia de Benavente (SCMB), que permitia o acesso da população às consultas da especialidade.Domingos David insistiu que o encaminhamento dos utentes de Benavente para o Hospital de Vila Franca de Xira “sai mais caro ao Serviço Nacional de Saúde”, porque, disse, “uma consulta de especialidade custa muito menos ao Estado na Misericórdia do que ao Grupo Mello”, que gere o Hospital de Vila Franca. A moção será entregue na residência oficial do primeiro-ministro no início de Outubro.
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