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José Farinha Mendes

57 anos, empresário, Santarém

“A política é o meio mais rápido para se ascender a uma carreira. Já não se dá crédito ao saber adquirido pelo passar dos anos, à experiência profissional. O que é importante é ser militante do partido”* * *“É urgente a revitalização do centro histórico de Santarém com actividades que coloquem o cidadão na rua e dê vida à cidade. É preciso trazer as pessoas para a cidade”* * *“A economia está asfixiada, não existe poder de compra, não existe emprego e, pior que isso, está a morrer a esperança. Este governo, quando entrou, disse que ia fazer a diferença mas o que se sente é a falta de exemplos de topo”

Bebe água da torneira sem medo?Bebo sempre água da torneira porque acredito na competência dos técnicos responsáveis pela qualidade da água.Assusta-o o facto de todos os dias serem anunciadas insolvências de empresas?Claro que sim. Não só porque essa situação é o reflexo da nossa economia mas também porque normalmente a insolvência de uma empresa tem o efeito dominó, ou seja, arrasta outras empresas transformando-se num problema social aumentando o desemprego, como tem estado a acontecer no nosso país.A quem é que colocava a cabeça no cepo?Não colocaria a cabeça de ninguém no cepo uma vez que uma cabeça rolada é menos uma cabeça a quem pedir responsabilidades e indemnizações sobre os desvios, premeditados, efectuados aos bolsos dos contribuintes.Hoje em dia ainda vale a pena comprar uma casa?Com as notícias que tem vindo a público sobre o aumento brutal da carga fiscal, nomeadamente do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), não creio ser uma boa opção a compra de uma casa. É preferível arrendar.Estamos no bom caminho para sair desta crise?As notícias que nos chegam são contraditórias. Num dia estamos no mercado, no outro temos aumento de impostos. O que sei é que a economia está asfixiada, não existe poder de compra, não existe emprego e, pior do que isso tudo, está a morrer a esperança entre o povo. Este governo, quando entrou, disse que ia fazer a diferença mas o que se sente é a falta de exemplos de topo. Por exemplo, gostava que alguém me explicasse porque terei eu de trabalhar até aos 65 anos para ter direito à reforma e a senhora presidente da Assembleia da República bastou-lhe trabalhar dez anos no Banco de Portugal?O que o irrita mais quando vai a conduzir?A falta de civismo de alguns automobilistas.Que medidas já adoptou para combater a crise?As medidas que adoptei não são propriamente para combater a crise mas sim para diminuir as minhas despesas. Fiz um investimento na iluminação da minha loja trocando a existente por lâmpadas de baixo consumo. Planeamos ao pormenor as entregas para evitarmos consumos desnecessários de gasóleo, apostamos cada vez mais no atendimento personalizado dos clientes de forma a fidelizá-los e evitar o seu desvio para as grandes superfícies. O que acha do regresso de Moita Flores à Câmara de Santarém depois de se ter despedido há 3 meses?Foi eleito pela maioria dos escalabitanos, eles lá sabem porquê. O que faz falta em Santarém?É urgente a revitalização do centro histórico com actividades que coloquem o cidadão na rua e dê vida à cidade. É preciso trazer as pessoas para a cidade.Acha que ir para a política é para alguns a única forma de arranjar dinheiro?Tenho a certeza. A política é o meio mais rápido para se ascender a uma carreira. Já não se dá crédito ao saber adquirido pelo passar dos anos, à experiência profissional. O que é importante é ser militante do partido.

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