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Grémio Dramático Povoense vai ter nova sede no próximo ano

Grémio Dramático Povoense vai ter nova sede no próximo ano

Equipamento vai custar 700 mil euros e será financiado por fundos comunitários
As novas instalações do Grémio Dramático Povoense da Póvoa de Santa Iria vão ficar concluídas até Março de 2013. A informação foi avançada pelo vice-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), durante as comemorações do 123º aniversário do Grémio, no sábado, 13 de Outubro. As novas instalações vão nascer no antigo mercado da Póvoa, vão custar 700 mil euros e serão financiadas a 65 por cento por fundos comunitários no âmbito do programa de requalificação urbana “Eco Bairros”. O projecto contempla um edifício de dois pisos com sala polivalente no rés-do-chão, equipada com bancadas retrácteis com capacidade para 100 pessoas. No primeiro piso vão existir várias salas de ensaio e oficinas culturais. A actual sede propriedade da instituição vai continuar a ser usada mesmo depois da inauguração das novas instalações. “É um espaço com muita história, foi por aqui que passaram todas as nossas memórias”, salienta o presidente da colectividade, Rui Benavente. A nova sede era uma reivindicação antiga dos dirigentes do Grémio, que movimenta actualmente perto de 200 pessoas, distribuídas entre a banda de música, rancho, danças de salão e teatro. Apesar da crise económica o grupo continua a resistir e não deve nada a ninguém. “Só assim vale a pena continuar a ter as portas abertas”, diz Rui Benavente. Dezenas de pessoas assistiram à cerimónia de aniversário, onde também foram distinguidos os sócios que pagam as quotas há mais de 25 e 50 anos. O dia serviu também para recordar memórias do tempo da ditadura. Reza a lenda que vários agentes da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) costumavam ir ao grémio ver algumas das peças teatrais proibidas pelo regime. “Era gente aqui da Póvoa, que vivia na Póvoa mas trabalhava em Lisboa, que nunca concordaram com o regime e o grémio era um espaço de libertação”, recorda um dos presentes. “As mãos de Abrãao Zacuto”, de Sttau Monteiro, foi uma das peças levadas a palco nos anos 60, que incluía as cenas riscadas a azul pela censura. Apesar da proximidade entre PIDE e público, nunca foram feitas detenções e a casa da cultura povoense continuou a resistir até aos dias de hoje.
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