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Jovens reactivam grupo de teatro Rapazes d’Aldeia

Jovens reactivam grupo de teatro Rapazes d’Aldeia

Dez anos depois o grupo de teatro da Glória do Ribatejo criado pelo falecido actor Paulo Claro volta a entrar em cena.

A jovem Daniela, 16 anos, estreou-se no papel de actriz na peça “Fadas, Arrufadas e Almofadas”, no Hotel Jackson, na Glória do Ribatejo, na tarde de sábado, 13 de Outubro, mas um menino que assistia pregou-lhe uma partida. A fadinha andava à procura de um dente e o menino respondeu-lhe que não dava o seu. Daniela esqueceu-se do texto e as restantes fadinhas vieram em seu socorro. O lapso acabou por trazer algum encanto à peça dos jovens de Salvaterra de Magos que resolveram reactivar o grupo de teatro amador Rapazes d’Aldeia, criado pelo falecido actor Paulo Claro, depois de uma paragem de dez anos. Daniela não parava de se interrogar como é que se tinha esquecido do texto. Helena, Daniela, Mariana, Telma, Sara, Daniel e Bruna, com idades compreendidas entre os 16 e os 29 anos, lá iam consolando a jovem e explicando que acontece a toda a gente. Na plateia ninguém se parece ter importado e queixas só mesmo das crianças que queriam mais. Há um ano, Helena Hipólito, 22 anos, que está a tirar o curso de Educação Artística, lembrou-se de reactivar o grupo de teatro criado em 1999 pelo actor Paulo Claro, que morreu atropelado em 2001. Na tarde de sábado apresentaram peças “Fadas, Arrufadas e Almofadas” e pouco tempo depois uma peça para adultos - “Homenagem a Rui Caralinda”. Rui Caralinda é avô de uma das jovens, Mariana, a quem resolveram prestar uma pequena homenagem. O grupo pretende levar à cena mais vezes esta peça, mudando apenas o nome da personagem principal que será sempre um familiar de algum dos jovens. “Desde a década de 70 que sempre existiram grupos de teatro na Glória. Já tínhamos um espaço cedido pela junta e um grupo de pessoas activas a nível cultural e decidimos juntar as coisas”, explica Helena Hipólito, responsável pela direcção e encenação devido à experiência adquirida no seu curso. Há já pessoas que entraram e outras que saíram. O grupo ainda vai tomando o seu rumo, mas vai solidificando a sua base. Não existe ainda vontade para assumirem uma direcção no papel. “Para já queremos levar isto descansadamente, sem pressas”, explicam os jovens, que não sabem ainda muito bem no que aquilo vai dar. Juntam-se aos sábados para os ensaios e contam com a entreajuda de amigos para as peças que vão preparando sem gastarem muito dinheiro. O que querem acima de tudo é divertirem-se em cima de um palco e voltar a fazer teatro para a Glória do Ribatejo.
Jovens reactivam grupo de teatro Rapazes d’Aldeia

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