Rio Maior quer manter as 14 freguesias do concelho
A Assembleia Municipal de Rio Maior pronunciou-se de forma esmagadora pela manutenção das 14 freguesias do concelho, contra qualquer alteração ao mapa de freguesias. Apenas dois deputados municipais - Raul Pinto e Filipe Santana Dias, presidentes de junta de Outeiro da Cortiçada e Rio Maior - se abstiveram. Curiosas foram as acusações trocadas entre os dois autarcas e outros elementos da assembleia. Raul Pinto lembrou que o facto de não se apresentar qualquer proposta de agregação de freguesias significa passar para a Assembleia da República essa missão, podendo o concelho ficar sem quatro ou mais freguesias. Mas admitiu de seguida que se absteve porque não está “garantida” a continuidade de Outeiro da Cortiçada. Apesar de ter afirmado não concordar com a lei e de lembrar que a Assembleia de Freguesia de Rio Maior foi a única a pronunciar-se com uma proposta concreta, Filipe Santana Dias não a revelou durante a assembleia municipal. Lamentou apenas que venha a ser a unidade técnica a decidir pelos autarcas. Santana Dias não o revelou mas fê-lo o líder da bancada do PS. António Moreira disse que a proposta de Rio Maior era de manter a sua freguesia e a de Alcobertas, agregando as restantes 12 em apenas três. Moreira foi mais longe e afirmou que a estratégia do autarca da Junta de Rio Maior era fazer crescer a sua freguesia para dispor de mais lugares a tempo inteiro e colocar os “tachos” partidários. Durante o restante debate foram vários os que se manifestaram contra qualquer alteração ao mapa administrativo autárquico do concelho. Para a presidente do município, Isaura Morais (PSD) a situação do país exige que “não nos dividamos mais e se mantenha a serenidade nos concelhos”. Lembrou que não existe consenso sobre agregação de freguesias e cinco destas foram criadas nos últimos 30 anos, com consenso político e popular.
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