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João Amaral Netto quebra tradição de lista única nas eleições da Caixa Agrícola da Chamusca

Há muitos anos que não há concorrência na votação para o banco administrado pelo recandidato Vasco Cid

As eleições para a assembleia geral, conselho de administração e conselho fiscal da Caixa Agrícola da Chamusca, instituição bancária de base cooperativa, estão marcadas para dia 26.

Pela primeira vez em muitos anos está prevista a apresentação de duas listas concorrentes aos órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola da Chamusca. Para a presidência do conselho de administração recandidata-se Vasco Cid e a novidade é a candidatura ao cargo de João Amaral Netto, que foi vereador da Câmara da Chamusca e tem experiência como dirigente no sector cooperativo. As eleições para a assembleia geral, conselho de administração e conselho fiscal estão marcadas para dia 26 às 16h00. As listas poderem ser entregues até oito dias antes da votação. Amaral Netto, que não quer para já pronunciar-se sobre a orientação económica e financeira da Caixa, “por falta de informação adequada”, considera que esta é uma das principais instituições do concelho da Chamusca e dos concelhos confinantes e que por isso deve ter responsabilidades culturais e sociais para com a região, para além da actividade bancária. O que no entender do candidato não tem acontecido tendo em conta “a dimensão e características de uma instituição deste tipo”. O actual presidente do conselho de administração reconhece que a candidatura de Amaral Netto vem quebrar uma tradição de lista única na Caixa. Vasco Cid esclarece que a lista que integra já foi apresentada e validada pelo presidente da assembleia geral, Paulo Leitão. Amaral Netto só deve entregar a sua no final do prazo, já depois do fecho desta edição. Cid explica que os órgãos que estão em funções são obrigados a apresentar lista às eleições, com as mesmas ou outras pessoas, para evitar que a instituição bancária caia no vazio directivo.Na base da candidatura de João Amaral Netto está o facto de nos últimos tempos a Caixa se ter “fechado sobre si mesmo, distanciando-se do contacto directo com os associados, não acompanhando as suas aspirações individuais nem as das várias comunidades do concelho”. E por isso pretende, se for eleito, colocar como primeira linha de orientação do banco, “o apoio a outras instituições culturais e de assistência, ao mesmo nível da orientação económica e financeira”. Vasco Cid conta com a experiência acumulada na Caixa onde foi durante anos director executivo e ultimamente presidente do conselho de administração. Já Amaral Netto está apostado numa mudança. “Pensamos que uma Caixa virada para a população motivará os seus associados e as comunidades regionais a aproximarem-se da instituição, como em tempos passados”, salienta Amaral Netto. Acrescenta que a lista em que está inserido pretende apoiar outras áreas além da concessão de crédito”, sem esquecer “as dificuldades que presentemente atravessam os nossos associados”.A Caixa de Crédito, além da Chamusca, tem balcões em Parreira, Golegã, Azinhaga e Carregueira. Foi fundada em 1929. Em 2002 passou a usar a designação de Caixa da Chamusca, designação que foi obrigada a mudar por decisão do Supremo Tribunal de Justiça em relação a um diferendo judicial entre esta instituição e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), que vinha de 2005. Ano em que intentou uma acção para que a Caixa da Chamusca se abstivesse de usar esse nome justificando que tal induzia os consumidores a pensar que a instituição da Chamusca estava ligada à caixa do Estado.

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