Numa acção judicial
Numa acção judicial que se pode considerar hilariante a redacção de O MIRANTE foi ocupada durante cerca de uma hora, no dia 16 de Dezembro de 2010, por uma Juiz do Tribunal de Santarém, um procurador, dois inspectores da Polícia Judiciária, uma funcionária judicial e o presidente do Sindicato dos Jornalistas. As autoridades traziam um mandato para copiarem ficheiros directamente do computador relativamente a notícias publicadas no nosso sítio online. Segundo nos foi comunicado, havia uma queixa contra O MIRANTE a propósito de notícias publicadas e o autor da queixa pediu ao tribunal que garantisse que as notícias não seriam apagadas. Vai daí o tribunal mudou-se para a nossa redacção e o presidente do Sindicato também veio como garante de que os nossos computadores não seriam violados. Depois de um grande aparato, e de alguma conversa fiada, os inspectores da PJ levaram duas notícias gravadas num CD cujos textos ainda circulam e, entretanto, já foram actualizados e prometem continuar a ser. Curiosamente, este episódio aconteceu no dia em que se comemorava em Santarém o Dia da Imprensa com a presença de gente ilustre dos media nacionais. Ainda por cima o encontro era no Convento de S. Francisco a meia dúzia de metros da porta da nossa casa. Em semana de aniversário (são 25 anos de vida, não são 25 meses!) fica aqui registado o testemunho que de certa forma retrata o país em que vivemos e a pobreza franciscana das nossas instituições. Muito antes destes acontecimentos já sentíamos a pressão da Justiça, que tem para com os jornalistas ordem para atacar assim que alguém diz ai Jesus; ainda que os ais sejam uma forma de pressionar e amedrontar os jornalistas. JAE
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