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Negócios podem ser inovadores mas devem acautelar gestão sustentável

Negócios podem ser inovadores mas devem acautelar gestão sustentável

Congresso Luso-Brasileiro de Interfaces Multidisciplinares do Direito Ambiental, organizado pelo Instituto Terra e Memória e pela Ordem dos Advogados do Brasil, realizou-se em Mação.

Criar uma rede de parcerias envolvendo o meio académico, empresas e o sector jurídico com o objectivo de promover negócios inovadores mas que acautelem sempre a gestão integrada e sustentável dos territórios foi uma das principais conclusões retiradas do Congresso Luso-Brasileiro de Interfaces Multidisciplinares do Direito Ambiental, organizado pelo Instituto Terra e Memória e pela Ordem dos Advogados do Brasil _ seccional do Rio de Janeiro, realizado em Mação e englobado nas organizações do Ano Portugal-Brasil que pretende marcar as relações entre os dois países. “É triste saber que a programação mais forte que existe de inovação no ano Portugal-Brasil é a que nos envolve. É um péssimo sinal mas é um facto, tal como é um facto que temos uma boa relação com o comissariado destes dois países”, disse Luiz Oosterbeek, co-organizador do congresso, na hora do balanço dos trabalhos. “A economia não é o mal, a sociedade não são os bandidos, o ambiente não é o céu. São categorias analíticas e a sustentabilidade passa pela economia”, disse. Luiz Oosterbeek, que também é professor do Instituto Politécnico de Tomar, recordou que a Conferência Rio+20, realizada em Junho de 2012, foi bastante profícua pois permitiu à sociedade a possibilidade de se exprimir de forma plural, com as empresas e os cientistas a assumirem agendas próprias, de responsabilidade e ambição, que convergem de forma pragmática para uma gestão integrada do território. Para os organizadores, “a diversidade cultural foi compreendida como o ponto fulcral da sustentabilidade” permitindo uma visão mais integrada e que privilegia “a negociação permanente entre perspectivas distintas” sendo assumido, pela primeira vez, que o vértice fundamental da sustentabilidade, é a pessoa humana. “O que precisamos é de agendas globalmente sustentáveis e com foco no território. E territórios diferentes merecem agendas diferentes”, frisou.Outra das conclusões que saiu deste Congresso Luso-Brasileiro passa pela necessidade de dinamização de um conjunto de cursos internacionais, que não se limitem a estes dois países, e que consolidem o amadurecimento do novo paradigma da sustentabilidade. Foi ainda decidido constituir uma comissão permanente de articulação de actividades futuras, integrando os professores e juristas Luiz Oosterbeek, Vera Cruz Pinto, Flávio Ahmed, Henrique Mourão, Mário Werneck, para além de representantes a designar pela AIP (Portugal) e pela CNI e IBIO (Brasil). A organização pretende lançar um livro até Março que compila, na íntegra, as 156 comunicações que passaram por estes dois dias de Congresso, pretendendo “resultados concretos” até dia 10 de Junho.
Negócios podem ser inovadores mas devem acautelar gestão sustentável

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