É preciso sangue novo entre os dadores
Encontro de Dadores de Sangue do Hospital de Tomar reuniu cerca de 700 participantes
O apelo insistente para que os jovens de hoje sejam os dadores de sangue de amanhã marcou o 23.º Encontro de Dadores de Sangue do Hospital de Tomar que juntou 12 associações de sangue e cerca de 700 participantes no sábado, 15 de Junho, no Mouchão Parque. “São necessários mais dadores de sangue voluntários para responder às necessidades e melhorar o acesso a esta terapia que salva vidas e, em particular, que os mais novos passem a ser dadores de sangue”, frisou Maria Amélia Salvador, presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Hospital de Tomar. A responsável recordou a celebração do Dia Mundial do Dador de Sangue, a 14 de Junho, e o objectivo de que todas as doações de sangue venham a ser benévolas e não remuneradas. “Este encontro é, no fundo, uma homenagem aos dadores de sangue que têm contribuído para a auto-suficiência do Centro Hospitalar do Médio Tejo”, disse.Joaquim Silva, vice-presidente da Federação das Associações de Sangue de Portugal, recordou o trabalho de divulgação e sensibilização que tem vindo a ser feito nas escolas, não obstante os mais novos não poderem dar sangue. “A nossa população envelheceu e os nossos jovens, devido à crise, estão a partir, portanto o futuro adivinha-se bastante complicado. Temos que substituir os dadores que deixam de poder dar sangue devido à idade. Temos que ter a capacidade e humildade de ir ao encontro dos jovens que não dão sangue mas incentivam os pais e os professores a serem dadores”, disse. O comendador Moreira Alves, vice-presidente da Federação Internacional das Organizações de Dadores de Sangue, pediu à associação de dadores benévolos de sangue do Hospital de Tomar para que escreva a sua história em livro. “É bom estarmos de mãos dadas em redor de uma causa. Em Portugal temos problemas mas o que acontece em África (com excepção dos países no Norte) é terrível, com muitas mulheres a sofrerem hemorragias fatais quando dão à luz porque não existe sangue”, disse. O presidente da Câmara de Tomar, Carlos Carrão, deu as boas vindas às associações visitantes - entre as quais uma comitiva vinda de Angra do Heroísmo, Açores - e salientou a presença do comendador Moreira Alves, considerando que a mesma traduz o reconhecimento da importância que a Associação de Dadores Benévolos de Tomar ocupa no panorama nacional. “Infelizmente assistimos cada vez mais ao encerramento de escolas e à abertura de centros de dia. A população do país está a envelhecer e, por isso, é necessário persistência para cativar, junto dos mais jovens, a dádiva de sangue. Felicito-os a todos por isso”, disse.
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