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Polícia Judiciária na Câmara do Cartaxo causa polémica no executivo

A deslocação de duas inspectoras da Polícia Judiciária à Câmara do Cartaxo, que veio a público no dia 23 de Janeiro, foi um dos temas quentes na última reunião do executivo camarário. Não faltaram críticas dos vereadores em relação à forma como o assunto foi tratado pelo actual presidente da câmara, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), mas também pelas palavras redigidas em comunicado pelo ex-presidente do município, Paulo Caldas.“Percebendo que há bullying político entre duas partes que até já foram amigas no passado, achei menos bonita a parte que diz respeito aos colaboradores da câmara municipal”, afirmou o vereador do PSD, Vasco Cunha, criticando o facto de ter sido veiculada a informação, pelo presidente da câmara e posteriormente por Paulo Caldas, de que havia uma colaboradora da câmara ou da junta de freguesia do Cartaxo envolvida. O ex-presidente e actual vereador Paulo Varanda também se mostrou incomodado por ter visto o seu nome envolvido. “Fiquei sentido e triste por ver o meu nome aí nas páginas da Internet e dos jornais”, afirmou, pedindo mais cuidado na forma como se lidam com estes casos, uma vez que foi referido por Pedro Ribeiro que a ida da PJ à autarquia se prendia com assuntos do anterior mandato, no qual Varanda liderou o executivo após a saída de Paulo Caldas em Outubro de 2011. “Durante os dois anos que assumi essas funções a PJ veio cá seis ou sete vezes e posso dizer que nunca vi o nome do Cartaxo envolvido”, garantiu Paulo Varanda.Pedro Magalhães Ribeiro esclareceu que está obrigado a sigilo e que não irá revelar o objecto do processo em causa, tendo-se limitado a esclarecer a comunicação social quando questionado se era um assunto referente a este mandato ou ao anterior. O autarca reforçou que não houve da sua parte qualquer intenção de pôr em causa os autarcas do anterior mandato. E reconheceu que o erro pode ter estado na disponibilização das instalações do município para a PJ inquirir a colaboradora visada, uma vez que esta situação acabou por espoletar uma fuga de informação.“Custou-me a perceber uma reacção pública que vi e que me pareceu completamente fora do tom daquilo que tinha sido publicamente anunciado”, completou Pedro Magalhães Ribeiro, referindo-se às declarações proferidas em comunicado pelo ex-presidente Paulo Caldas, que se sentiu “enxovalhado”. Recorde-se que em declarações à agência Lusa no dia 23 de Janeiro, o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo confirmou que nessa semana duas inspectoras da PJ tinham estado nas instalações da autarquia a consultar “um conjunto de elementos respeitantes ao mandato anterior” e a inquirir uma funcionária.

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