Catequista de Azambuja acusado de abuso sexual de crianças julgado em Abril
Homem é suspeito de incentivar e de ter realizado actos de cariz sexual com quatro crianças
Um antigo catequista da freguesia de Aveiras de Baixo, concelho de Azambuja, começa a ser julgado em Abril por 14 crimes de abuso sexual de quatro crianças, que à data dos factos tinham entre oito e 11 anos. A primeira sessão está marcada para 3 de Abril, no Tribunal do Cartaxo.Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso, o arguido, hoje com 29 anos, “aproveitou a circunstância de ter sido catequista na capela de Casais da Lagoa e monitor na colónia de férias da paróquia de Aveiras de Cima” para “manter com os menores uma relação de amizade estreita, e estes confiarem nele, para mais facilmente levar a bom termo os seus propósitos”.O homem é suspeito de incentivar e de ter levado a cabo actos de cariz sexual com as quatro crianças, entre 2011 e 2012, numa casa abandonada, num anexo da capela, na habitação da sua avó e nas casas de banho da escola primária, na localidade de Casais da Lagoa.De acordo com o MP, a primeira vez que o arguido praticou os alegados factos foi em 2011 nas casas de banho do estabelecimento de ensino, “quando esteve a substituir uma auxiliar educativa”, enquanto a última ocorreu a 14 de Junho de 2012, na casa abandonada, tendo uma das vítimas filmado os actos com um telemóvel “pois não era a primeira vez que acontecia e a sua mãe não acreditava”.A acusação sustenta que o homem “fez sempre o pedido aos menores para que não relatassem o sucedido, pois se aquilo se soubesse podia ir preso”. O arguido, natural de Vila Franca de Xira e decorador de arte floral, foi detido pelas autoridades dias mais tarde, após familiares das crianças terem denunciado o caso. Depois de presente a primeiro interrogatório judicial, o Tribunal do Cartaxo decretou, a 22 de Junho, a sua prisão preventiva. Na ocasião, ouvido por O MIRANTE, o padre da paróquia mostrou-se “surpreendido, chocado e magoado”, à semelhança da comunidade local. “Custa-me a aceitar esta realidade. É uma surpresa chocante. Nunca me passaria pela cabeça que alguém próximo de mim, que durante anos recebeu os valores que eu transmito, possa ter cometido este tipo de crimes”, lamentou o padre António Cardoso, após o arguido ter ficado em prisão preventiva.Entretanto a medida de coacção foi alterada, estando o suspeito a aguardar julgamento em prisão domiciliária com pulseira electrónica. O arguido está acusado pelo MP da prática em autoria material e concurso real de 14 crimes de abuso sexual de crianças na forma consumada.
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