Os trabalhadores da Postejo - Pré-fabricados de Cimento, que fizeram uma greve de três dias, reuniram-se na sexta-feira, dia 17, com a administração, que se comprometeu a apresentar um plano de pagamento dos valores em dívida. Nuno Policarpo, delegado sindical na Postejo, unidade instalada em Benavente, disse à Lusa que uma delegação dos trabalhadores foi recebida pela administração em Sintra, tendo sido obtidos compromissos que vão ao encontro das reivindicações.Segundo o sindicalista, a administração justificou as dificuldades actuais com o facto de ter as suas contas no Novo Banco bloqueadas, tendo-se comprometido a reunir-se com o banco para conseguir pagar os salários e o 13.º mês. Ficou agendada uma nova reunião com os trabalhadores no final do mês, na qual a administração deverá apresentar um plano de pagamento dos valores em dívida - diuturnidades e o subsídio de Natal de 2013 -, a cumprir no primeiro semestre de 2015.Foram ainda dadas garantias de que será verificada a qualidade do material usado pelos trabalhadores e a limpeza dos balneários, em resposta às queixas sobre a higiene e a segurança, afirmou.Pedro Jorge, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmicas, de Cimentos e Similares do Sul, disse à agência Lusa, que, embora mantendo os salários em dia, a empresa tem vindo a registar atrasos nos pagamentos de diuturnidades e subsídios desde 2011, tendo as paralisações iniciadas em Setembro de 2013 e em Janeiro último sido suspensas perante a assunção de compromissos por parte da empresa, que se dedica ao fabrico de postes de betão de baixa, média e alta tensão.