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Centro de Formação Profissional de Santarém já formou 11 mil desempregados este ano 

O negócio da formação foi o único gerador de empregos nestes últimos anos. Nunca se ganhou tanto dinheiro a dar formação como em Portugal. Um formador, há alguns anos, chegou a ganhar 65 euros/hora e muitos desses formadores não tinham capacidade para formar fosse quem fosse. A contratação daqueles formadores passava por cunhas e não por capacidades e conhecimentos para ministrar disciplinas em formato módulos. Em Portugal, muitos profissionais liberais deixaram de exercer as suas profissões para dar formação. Muitas empresas ganharam centenas de milhares de euros alugando salas e material informático para exercer este tipo de ensino. O problema é que já existem milhares de desempregados a viverem da formação em troca do subsídio de almoço. Em termos práticos, a formação adquirida não serve rigorosamente para nada a não ser para países de África e da América, pois as empresas nacionais e europeias desconfiam destes diplomas adquiridos nestas instituições e nas empresas de formação portuguesa. Isto é como as Universidades que são pouco credíveis. Só entra para o quadro de uma empresa quem tiver o diploma de uma instituição bem posicionada no ensino e não um licenciado numa Universidade medíocre. Quero ver quando acabar o dinheiro da União Europeia se haverá algum português a pagar por este tipo de cursos. Em Santarém, a dar formação aceitável, temos o CENFIM que já foi uma grande instituição de ensino prático mas hoje é uma sombra do que foi. Há muita gentinha a encher-se à custa dos desempregados.Maria  A formação é uma espécie de terapêutica ocupacional. Não serve para nada mas evita que muitos desempregados entrem em depressão. Pelo menos durante o tempo que lá andam estão ocupados e são obrigados a cumprir uma rotina porque têm que ir e chegar a horas. Além disso acaba por também dar dinheiro aos formadores, alguns dos quais também estariam a fazer formação se não fossem aquelas horas de trabalho. Os empregadores é que andam satisfeitos com as políticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional porque têm mão-de-obra barata durante algum tempo. Os desempregados...esses...desesperam.Hélio de Campos

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