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Os 40 anos de Abril em debate em Vialonga

Talvez o debate devesse ser sobre “Quarenta anos de democracia nascida a 25 de Abril de 1974”. Sobre o golpe militar já se percebeu que tinha por base reivindicações de classe. Sobre o que se passou a seguir, com o Partido Comunista e outras organizações esquerdistas a tentarem impor os seus modelos de ditadura do proletariado, também se sabe. Na minha opinião o que precisamos de discutir é o caminho que fizemos depois. E não esquecer o que não existia antes para além da democracia. Há muita gente a desprezar este percurso do país dizendo que antes é que era bom e outros impensados disparates, como o Salazar é que endireitou o país. Eu vivi um período de vinte anos antes do 25 de Abril. Os jornais tinham que ir à censura antes de serem impressos; não havia Serviço Nacional de Saúde; quem não tinha dinheiro não podia tirar um curso superior; os salários da função pública eram de miséria; os do sector privado ainda eram piores; não havia saneamento básico nem luz, nem água canalizada na maior parte das aldeias do interior; as estradas eram, nessas zonas, de terra batida; não havia auto-estradas; havia uma guerra em África onde jovens morriam ou ficavam estropiados e doentes, etc, etc, etc...João Marques Pacheco É preciso não esquecer nem ignorar que a Revolução do 25 de Abril foi despoletada pelo agressivo e ofensivo Decreto-Lei nº 353/73 que permitia aos oficiais milicianos passarem para o quadro de oficiais depois de curso intensivo de dois semestres! E eis que os Capitães de Abril ao verem as suas promoções entupidas pelos milicianos, com a embalagem dos tiros que davam em África, decidem fazer uma revolução que foi apelidada dos cravos, mas que mais não foi do que uma revolta para defenderem as suas carreiras e promoções! Felizmente que a revolução foi mais longe, mas os capitães não deixaram de tirar os seus dividendos subindo rapidamente nos galões! E o PCP que teve na mão a possibilidade de implantar a sua filosofia e governar sozinho, como sempre sonhou, acabou por ser ultrapassado pela democracia! João Santos

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