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Na Feira de Santa Iria desde que se lembra de ser gente

Na Feira de Santa Iria desde que se lembra de ser gente

Mais parecem dois candelabros as abóboras que Maria do Céu Neves, 76 anos, segura com as mãos que denunciam quem já trabalha a terra há muito. As frutas sinuosas vieram do seu quintal, na freguesia de Paialvo, Tomar, e são para mostrar e vender durante a Feira de Santa Iria, certame que decorre até 26 de Outubro na cidade templária e onde participa desde que se lembra “ser gente”. Estas duas, frisa a vendedora hortícola, servem apenas para enfeitar pois estão secas por dentro. Chegam a durar um ano antes de apodrecerem e dão nas vistas pelas suas formas e cores. “São criadas em cima das oliveiras, pelas quais tenho que trepar para as conseguir apanhar”, conta a O MIRANTE, enquanto arrumava apressadamente as romãs, figos e orégãos espalhados na banca porque tinha o comboio para apanhar. Maria do Céu, que trabalha a terra com o marido desde o tempo da enxada na mão, já não se lembra há quantos anos consecutivos participa na Santa Iria. Ainda é do tempo em que se vendia em frente à escola primária, ali bem perto, do lado oposto ao qual se encontra. Mais tarde vendeu na Rua dos Arcos, depois na Praça da República e, nas últimas duas feiras, montou banca perto da Várzea Grande, onde estão concentrados os carrosséis, as barracas das pipocas e farturas e as tasquinhas de comes e bebes. “Assim está melhor. Vemos passar mais gente e sentimos que estamos mais acompanhados”, indica. Elsa Ribeiro Gonçalves
Na Feira de Santa Iria desde que se lembra de ser gente

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