Cem Soldos prepara-se para receber o Festival Bons Sons
População colabora na montagem do festival de música que espera receber 40 mil pessoas
A aldeia de Cem Soldos, concelho de Tomar, já começou a preparar-se para receber o Festival Bons Sons, que decorre entre os dias 13 a 15 deste mês. Luís Ferreira, responsável pela organização, anunciou a O MIRANTE que esta edição vai apresentar alterações relativamente à localização dos oito palcos e criar mais condições para acolher as 40 mil pessoas que vão “viver a aldeia”. O festival passou a ser anual, pelo menos “durante os próximos cinco anos” o que, de acordo com Luís Ferreira, implicou “várias alterações internas”. A organização pretende perceber qual a reacção do público com esta novidade, podendo igualmente ser “interessante” para futuros parceiros. “Estamos num momento de transformação, a iniciar um ciclo de cinco anos. A própria estrutura e a aldeia têm que se reinventar, para que isso seja possível, porque de outra forma era dizer que nunca mais havia férias em Cem Soldos, nunca mais havia descanso, nunca mais havia fins-de-semana, e não é de todo o nosso objectivo”, explicou o responsável pela organização.Com um cartaz forte e apelativo, o Bons Sons leva este ano à aldeia artistas de renome nacional, como Ana Moura, Carlão, Camané, Tó Trips, Clã, entre outros. A aposta em músicos e grupos nacionais é uma característica do festival, já que em todas as edições subiram ao palco artistas nacionais sem nunca repetir nomes no cartaz. “A produção nacional está cada vez melhor, com mais força, diversidade, que é um dos factores mais interessantes desta última década. É um festival com programa nacional. O nosso problema é seleccionar 45 das 1500 propostas que recebemos. Mas temos um grande programa com nomes muito fortes e projectos muito bons”, refere Luís Ferreira.Sob o mote: “Vem conhecer a aldeia”, o festival posicionou Cem Soldos, desde 2006, no panorama nacional. Para a organização do Bons Sons, a população da aldeia “é o grande trunfo do festival”, já que, em todas as edições tem trabalhado e colaborado em prol do sucesso do evento. “Claro que há constrangimentos. Para entrar em casa, precisamos de uma pulseira, não podemos ter o carro à porta de casa, não temos as mesmas facilidades durante aqueles quatro dias”, explica Luís Ferreira. Este ano, o Bons Sons vai contar com quatro centenas de voluntários, grande parte do concelho. A organização conta com apoios financeiros de entidades como a Câmara de Tomar, a EDP, Turismo do Centro e Central de Cervejas. Luís Ferreira diz prezar muito estes apoios, “apesar de serem ainda modestos”, visto que, estas entidades apenas representam 15% dos 450 mil euros dos custos desta edição. “Mais do que o custo dos artistas, criar uma cidade dentro de uma aldeia é o mais caro. Portanto todas as condições logísticas para receber cerca de 40 mil pessoas que vão cá passar durante os quatro dias acabam por ser um peso significativo”. Recorde-se que os bilhetes já estão à venda em vários serviços públicos de Tomar, como o Balcão Único, Biblioteca Municipal, Complexo Desportivo e Posto de Turismo. No resto do país, é possível adquirir bilhetes nos pontos habituais, como CTT, Fnac, Ticketline, Worten e Agência Abreu. O bilhete diário custa 15 euros e o passe de quatro dias, que dá igualmente acesso ao campismo, custa 35 euros.
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