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Sonae impõe condições para construir arruamento em Rio Maior

Sonae impõe condições para construir arruamento em Rio Maior

Processo decorre da instalação do hipermercado Continente na cidade e arrasta-se desde 2010

Município abdicou de algumas infraestruturas na obra do prolongamento da Avenida Marechal Humberto Delgado, nomeadamente uma rotunda, a criação de uma ciclovia e a instalação de iluminação pública.

O prolongamento da Avenida Marechal Humberto Delgado, em Rio Maior - uma contrapartida do grupo Sonae pela instalação do hipermercado Continente na cidade e que tem demorado a concretizar-se - não vai ser executado nos moldes previstos. A Câmara de Rio Maior aceitou o pedido de alteração ao projecto feito pela empresa FozMassimo - Sociedade Imobiliária, que elimina a construção de uma rotunda (no entroncamento com a rua da Mina do Giz), bem como a criação de uma ciclovia e a instalação de iluminação pública em todo o traçado do novo arruamento urbano.A FozMassimo, que pertence ao grupo Sonae, escreveu no início de Fevereiro à presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, dizendo que só teria condições para executar a obra se fossem retiradas essas partes do projecto. Perante essa proposta, e para não arrastar ainda mais o processo, o executivo aceitou as condições. O vereador da CDU, Augusto Figueiredo absteve-se e a presidente da câmara não participou nessa reunião.A proposta da FozMassimo foi encarada com reservas pelos serviços de urbanismo da Câmara de Rio Maior, que referem na informação técnica, colocada à consideração do executivo, que “a exigência inicial da inclusão no projecto das referidas infraestruturas visava a salvaguarda da mobilidade, segurança e comodidade do trânsito de veículos e peões, intenção que se deve manter”.O chefe de Divisão da Unidade de Obras Públicas refere que, em caso de eliminação da rotunda, deve ser “salvaguardada a devida sinalização vertical e horizontal de entroncamento, com a devida colocação de delimitadores físicos como ilhas e ilhéus separadores”. Defende ainda que seja exigido que “a plataforma da via contemple espaço consolidado e devidamente delimitado fisicamente, para futura construção de ciclovia”. E quanto à iluminação pública, “deve em último recurso ser exigida a implantação de negativos para a infraestrutura de iluminação pública” que permita a realização futura da obra.O projecto para prolongamento da Avenida Marechal Humberto Delgado, na zona onde está implantado o hipermercado Continente, tem-se arrastado no tempo e conhecido alguns percalços. O traçado não vai passar nos terrenos inicialmente previstos num protocolo celebrado entre o grupo Sonae e o município. As negociações com o dono desses terrenos não chegaram a bom porto e para resolver o impasse a autarquia procurou um traçado alternativo, igualmente por terrenos particulares. Nuno Lucas, dono de uma propriedade para onde estava inicialmente projectada a estrada, acusou a autarquia e o grupo empresarial de terem feito o acordo para construção da via sem que os proprietários dos terrenos necessários fossem postos a par. A Câmara de Rio Maior chegou a deliberar a expropriação dos terrenos mas acabou por não concretizar essa intenção, esperando que o proprietário e a Sonae chegassem a um acordo. As negociações acabaram por não resultar devido a desacordo de verbas.
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