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Construção de mais fogos na urbanização da Malvarosa chumbada pela segunda vez

Construção de mais fogos na urbanização da Malvarosa chumbada pela segunda vez

Oposição diz que alteração ao loteamento em Alverca não está suficientemente esclarecida. Proposta previa aumento de cinco fogos num dos edifícios, mais caves e aumento da área útil. Oposição quer mais contrapartidas do empreiteiro. Novo Rumo diz que promotor ia ver o seu lote valorizar mais de um milhão de euros com a alteração.

A oposição na Câmara de Vila Franca de Xira chumbou, pela segunda vez consecutiva, a proposta de alteração ao loteamento da Malvarosa, em Alverca, onde era previsto um aumento da construção. A oposição CDU e Novo Rumo (liderada pelo PSD) não ficou convencida das contrapartidas oferecidas pelo promotor ao município e com a falta de garantias de construção de melhores acessibilidades àquela que é a maior urbanização do concelho.
Entre as alterações expressas no documento estava a intenção de passar um prédio de 3 para 4 caves, construção de 12 novos lugares de estacionamento e construção de cinco fogos adicionais, alargando todo o prédio e aumentando em 80 metros quadrados a área disponível por piso. Pelas contas da Coligação Novo Rumo, isso significaria uma valorização do prédio para o promotor da obra em mais de um milhão de euros.
“Ao preço médio a que são vendidos estes apartamentos, em alguns casos a mais de mil euros o metro quadrado, isso significaria que o promotor da obra iria encaixar mais um milhão e 350 mil euros com esta alteração. Já aprovámos alterações na Malvarosa, mas esta não é uma pequena alteração, é uma alteração que terá impactos”, explicou Rui Rei (PSD).
Também Nuno Libório, da bancada da CDU, mostrou-se contra a alteração ao loteamento, notando que não foram esclarecidas todas as dúvidas referentes às acessibilidades. “A quem compete a responsabilidade pela infraestrutura rodoviária? Primeiro constroem-se os prédios e depois as acessibilidades? Não entendemos que tenha de ser assim. Achamos também que deve haver lugar a uma compensação urbanística no local face a este pedido de aumento da área de construção”, criticou.
Esta foi a segunda vez que o documento foi chumbado e Alberto Mesquita (PS), presidente do município, não escondeu a frustração. “Neste momento o lote onde o promotor [Sociedade de Construções Gameiro e Filhos Lda] queria construir é um baldio que ali está. É um foco de insalubridade que precisa de ser resolvido e esta era a melhor forma de o resolver. A Malvarosa é uma boa urbanização, é das poucas em que os apartamentos são vendidos ainda antes do prédio estar acabado. Gostaríamos que os lotes vazios fossem construídos para criar a harmonia que ela precisa. Mas esse não é o vosso entendimento”, lamentou.
Mesquita explicou que esta alteração iria custar ao promotor mais 60 mil euros em taxas municipais além do que já teria de pagar, e disse estar de acordo que as potenciais mais-valias obtidas com a alteração pudessem ser investidas na urbanização para melhorar a sua qualidade de vida. “São matérias que vamos propor ao promotor e ele agora decidirá. Ou constrói como estava previsto ou desiste e continuamos ali com aquele baldio”, lamentou.
O autarca disse ainda que a ambição futura é criar uma zona de lazer e estacionamento no terreno vazio situado em frente ao Jumbo, ao lado do restaurante McDonalds. “Seria ideal que se pudesse passar o que estava previsto para essa zona para a parte superior da urbanização. Uma zona de lazer, à beira da estrada nacional, traria outra harmonia”, notou.
A Malvarosa nasceu em 2006 no local onde antigamente se encontravam as instalações da metalúrgica Mague.

Construção de mais fogos na urbanização da Malvarosa chumbada pela segunda vez

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