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Nova Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira quer inquietar e apelar à reflexão

Nova Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira quer inquietar e apelar à reflexão

Modelo foi reinventado com uma aposta forte na competência e qualidade dos trabalhos. Entre as mudanças está uma nova forma de expor os trabalhos no Celeiro da Patriarcal e haverá sete mil euros para distinguir os vencedores. Candidaturas decorrem até 13 de Maio.

A Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira (BF16), iniciativa cultural de âmbito nacional que se realiza no último trimestre do ano, vai reinventar-se nesta edição e promete mais novidades para todos os entusiastas da fotografia.
A começar pelo novo regulamento, que elimina burocracias do passado e promete estimular os amantes da fotografia a concorrer em três categorias diferentes: prémio “Bienal”, “Concelho de Vila Franca de Xira” e “Tauromaquia”. Porém, ao contrário do que acontecia no passado em que a exposição das imagens no Celeiro da Patriarcal era feita em conjunto e numa só mostra, este ano a organização aposta numa primeira exposição dos trabalhos finalistas do prémio Bienal (a partir de Outubro), e só depois, em Fevereiro de 2017, uma exposição com os restantes trabalhos das duas outras categorias.
A partir de agora as candidaturas - que decorrem entre 13 de Abril e 13 de Maio - podem ser feitas via digital, ao invés dos interessados terem de imprimir e emoldurar as suas fotos. Cada participante poderá submeter um portofolio para apreciação do Conselho de Curadores contendo até um máximo de 50 fotos.
A BF16 é promovida pela Câmara de Vila Franca de Xira desde 1989 e este ano estão disponíveis sete mil euros para premiar os vencedores das três categorias - cinco mil euros para o prémio Bienal e mil euros para cada um dos restantes. “Temos um ambicioso programa curatorial que terá intervenções artísticas espalhadas pela cidade de 30 artistas da fotografia artística. Queremos inquietar e fazer reflectir o transeunte. Estamos a apostar num programa forte no que diz respeito à qualidade dos projectos”, explicou David Santos, curador-geral da bienal, antigo responsável do Museu do Neo-Realismo e ex-director do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado.
A Fábrica das Palavras e a câmara municipal serão alguns dos espaços públicos que vão receber as exposições dos artistas convidados. Daniel Blaufuks, José Maçãs de Carvalho, José Pedro Cortes e Patrícia Almeida são alguns dos artistas que vão apresentar novos trabalhos na BF16, que contará também com nomes como António Júlio Duarte, João Grama, Rui Calçada Bastos, Susana Mendes Silva e Nuno Cera, entre outros.
Para Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, a BF16 é um momento de excelência de afirmação da cultura fotográfica nacional e não esconde o desejo de a afirmar ainda mais no panorama nacional. “Somos provavelmente a única bienal de fotografia que ainda se realiza no País e vamos continuar. Somos uns resistentes porque acreditamos que a fotografia tem o seu espaço e o seu relevo”, frisou o autarca.

Nova Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira quer inquietar e apelar à reflexão

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