Numa festa de emoções os reencontros são saboreados à mesa
Os restaurantes da Chamusca servem pratos fartos e retemperadores
A semana da Ascensão na Chamusca é uma época de reencontros de amigos e familiares. É também um tempo em que apetece sair da rotina e fazer aquele almoço ou jantar que se anda sempre a adiar. Celebra-se a amizade à mesa como manda a tradição. Mesa farta e bem regada. Os encontros podem acontecer em qualquer tasquinha mas uma verdadeira celebração exige o espaço mais adequado de um bom restaurante. O bacalhau assado com couve a soco ou a carne à pinéu podem ser os pratos mais conhecidos e tradicionais. Foram criados no campo e transformaram-se para melhor sendo agora apresentados pela restauração com uma ou outra pequena variação. Mas aqueles não são os únicos pratos da gastronomia regional e nacional que os restaurantes da vila e de todo o concelho apresentam.
A Taberna do Areal, de António Maia, apresenta o polvo à lagareiro, o arroz de polvo, fataça frita e sável frito como especialidades na área dos peixes. No que toca às carnes, a especialidade é o bife à casa com molho de café, os lombinhos de porco à Areal (com molho de natas e cogumelos), molho de mostarda ou orégãos. As sobremesas também têm fama. O doce da casa com biscoitos embebidos em licor e café, creme de leite condensado e raspa de chocolate é o que tem mais saída. O pudim de ovos, a mousse de chocolate caseira, a serradura, o manjar do abade, o bolo de bolacha e caramelo e a salada de fruta completam a oferta. O restaurante fica à entrada da Chamusca, do lado do campo, junto à rotunda onde está a escultura de homenagem ao trabalhador agrícola, da autoria de Armando Ferreira, e bem perto do local de onde, na Quinta-Feira de Ascensão saem os toiros que, escoltados por campinos e desafiados pelos populares, atravessarão a vila até à Praça de Toiros. Pode ser contactado através do telefone 249 760 209.
O Corticeiro, de Luís Vieira, fica no extremo oposto da vila, na estrada norte da Chamusca, do lado da Golegã, no nº 10 da Avenida Jesuíno Magano. É conhecido de gente de muito trabalho e de muito alimento. A ementa não é copiada da “Nouvelle Cuisine” nem de qualquer programa tipo Master Chef ou similar. Ali quem manda na cozinha é Luís Vieira, natural da Chamusca, que aprendeu a cozinhar com a mãe. O prato mais famoso é servido aos sábados. O famoso cozido à portuguesa, variante O Corticeiro. Outros manjares que fazem as delícias dos clientes são feijoada, pernil, queixadas de porco, entrecosto grelhado, grão com bacalhau e ensopado de borrego. Para cada dia há uma alternativa. Há sempre sopa para quem gosta de sopa. Pratos mais elaborados só por encomenda. Normalmente só serve almoços. Pode ser contactado através do nº 249 760 385.
O Poizo do Bezouro fica encostado à festa. Durante a Ascensão a clientela triplica mas é posta a funcionar em permanência uma segunda sala. Almoços, jantares e ceias. Não há mãos a medir. Fernando Santos, o proprietário, não vê quase nada da festa. Só ouve. Na travessa Dr. Félix Pereira, na fachada do restaurante, do lado direito, pintada de azul em azulejos brancos está uma quadra. “Poiso do besouro castiço/De paredes engalanadas/Onde tudo é alusivo/A dias de grandes touradas”. Do lado esquerdo a ementa numa caixa de madeira envidraçada anuncia os pratos mais famosos da casa, como a Couve a Soco com Bacalhau Assado e a Carne à Pinéu, a par de outros com nomes alusivos à festa brava. “Bandarilhas de Chocos, Bandarilhas de Porco, Ferro da Casa, Chicuelina de Bacalhau e Bife à Campino”. É só escolher. Para marcações o restaurante pode ser contactado através do nº 249 760 667.
Para quem gosta mais de peixe do que de carne, uma boa opção é sair da Chamusca e andar dez quilómetros até ao Arripiado, Carregueira. O Moinante fica junto ao Tejo e tem uma excelente vista panorâmica. É gerido com mestria por Luís Amaral. A Frigideira do Mar, um prato misto de marisco, polvo e lulas em porções para duas pessoas ganhou fama há muitos anos. Outros pratos deliciosos são a açorda de gambas e o bife de pimenta servido com 4 tipos de pimenta diferentes. Marcações através do nº 249 740 716.
Quem trata dos festeiros que escolham ir comer ao Restaurante “A Parreira”, situado na localidade do concelho com o mesmo nome, é Dina Garcia. O restaurante fica no nº 52 da Rua 1º de Dezembro. O contacto é o 249 770 197. É indicado para uma refeição longe do bulício da festa. Serve grupos e tem ementa de comida tradicional portuguesa. Basta um telefonema para acertar a ementa e depois é saborear a refeição e o bom ar do campo.
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