Ampliação do pavilhão municipal de Almeirim avança no próximo ano
Com a demolição dos celeiros vai também ser construído parque de estacionamento
O presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, quer avançar com as obras de ampliação do Pavilhão Municipal Alfredo Bento Calado já no início do próximo ano. Uma obra possível com a aquisição dos antigos celeiros da EPAC que já foram demolidos nos últimos dias. O autarca espera também avançar em 2017 com a construção, no mesmo local, de um parque de estacionamento com 80 lugares. As outras ideias para o local vão ficar à espera da disponibilidade financeira do município, uma vez que não há fundos comunitários para estas obras.
O pavilhão vai ter um “acrescento de forma a responder a uma necessidade cada vez maior de mais um espaço desportivo para treinos”, explica o presidente. Está ainda prevista uma nova entrada para o pavilhão virada para a zona dos antigos celeiros, na Avenida 25 de Abril, criando mais condições de circulação.
Estas são, para já, as necessidades mais urgentes mas a autarquia pretende executar um projecto mais ambicioso a médio prazo. “Queremos que este espaço, com cerca de um hectare, seja uma zona de vivência da cidade”, afirma Pedro Ribeiro. O ringue mantém-se mas as bancadas vão ser demolidas para que se possa fazer uma zona de desporto informal onde se pretende instalar um ginásio ao ar livre e um espaço onde as crianças possam aprender a andar de bicicleta. O espaço vai ser coberto com uma “vela de sombra” (tenda gigante).
Está prevista ainda a construção de uma rotunda no entroncamento da Avenida 25 de Abril com a Rua Condessa da Junqueira, mas para isso a câmara vai ter que negociar com a Casa do Povo, proprietária das instalações em frente aos antigos celeiros e onde funcionou a cooperativa Abastim. “Não precisamos do edifício todo, só de uma pequena parte”, explica o autarca. As obras que vão mudar a face de uma zona de bastante movimento da cidade vão ser feitas por fases ao longo dos anos, “porque vai ter que ser feito com recursos financeiros da autarquia”, justifica Pedro Ribeiro. Os projectos de arquitectura já estão a ser feitos pelos serviços do município. As várias obras devem custar cerca de 600 mil euros segundo as previsões do autarca.
Para aquele espaço já esteve prevista a construção de blocos habitacionais com cerca de uma centena de apartamentos. A câmara dava a parte onde está o ringue desportivo descoberto para prédios e o investidor dava à autarquia a parte dos armazéns, para permitir o alargamento da actual entrada do pavilhão. O negócio não se concretizou porque a generalidade dos vereadores não concordava com a demolição do ringue, devido ao sentimento de afectividade que existe em relação ao equipamento.
Em 2010 a câmara decidiu declarar caducada a licença para a construção dos apartamentos. O prazo para o início dos trabalhos já tinha sido há muito ultrapassado. Há seis anos o município voltou a ter oportunidade de ficar com parte das instalações mas o município não avançou por entender que os valores em causa eram muito elevados, na casa dos 600 mil euros. O espaço acabou por ser adquirido pela autarquia em Agosto de 2014 por cerca de 390 mil euros.