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Desertificação e envelhecimento são a cara do falhanço dos decisores políticos

No distrito de Santarém, em 2015, morreram 5762 pessoas e nasceram apenas 3178. Um saldo negativo de 2584 pessoas. Não tenho dados sobre a saída de pessoas nem a fixação de novas pessoas nesta nossa região mas quem acompanha estas situações pode imaginar que o saldo também é negativo. Saíram daqui mais pessoas do que aquelas que vieram para cá residir. O distrito de Santarém não é o Portugal profundo e gastaram-se, e gastam-se, milhões e milhões de euros em investimento público que, entre outras coisas, como servir quem cá está, é justificado como uma forma de atrair pessoas. Como não atrai ninguém e a população continua a diminuir e a envelhecer, é lícito dizer que todas as políticas adoptadas para evitar a desertificação e o envelhecimento falharam.
Faço este comentário a propósito das notícias que vão chegando de mais milhões de fundos comunitários para investimentos que, vai ser dito e repetido, se destinam a atrair novos habitantes e a fixar os que cá estão. E faço-o também porque, sendo as eleições locais em 2017, me vou fartar de ouvir a habitual trupe de incompetentes partidários e autarcas apresentarem sem corar de vergonha, mais do mesmo como solução para tão grave problema.
Fazer museus, auto-estradas onde não passam carros, centros escolares, piscinas, edifícios para unidades de saúde onde não haverá consultas por falta de médicos, ciclovias que um dias só vão servir para cadeiras de rodas e pessoas apoiadas em andarilhos, é muito interessante mas não resolve o principal problema. Mais nascimentos e mais pessoas a fixarem-se porque aqui, além da qualidade de vida, têm empregos decentes.
Germano J. Heitor

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