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Oposição volta a chumbar concurso para construção de crematório em Santarém

Oposição volta a chumbar concurso para construção de crematório em Santarém

Proposta do PSD não passou novamente e Almeirim fica com o caminho aberto para se tornar a primeira localidade da região a ter um equipamento desse tipo.

A oposição PS e CDU na Câmara de Santarém chumbou novamente a proposta do PSD, que gere a autarquia em situação de maioria relativa, para lançamento do concurso público para concepção, construção e concessão de um crematório junto ao cemitério da cidade. Com essa decisão, Almeirim tem o caminho aberto para se tornar a primeira localidade da região a ter um equipamento desse tipo. O mais próximo, actualmente, situa-se na Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.
A argumentação de socialistas e comunistas não diferiu essencialmente da já apresentada em Dezembro de 2015, quando a proposta foi pela primeira vez chumbada. A oposição contesta a localização proposta pelo PSD, defendendo que o crematório deve ser construído no âmbito de um projecto mais alargado englobando um novo cemitério e uma capela mortuária noutra zona da cidade mais bem servida de acessos. Foram também reiteradas as reservas quanto ao impacto que a construção poderia ter na estabilidade da encosta próxima, bem como a questão dos acessos.
O PSD acrescentou à proposta inicial um parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) afirmando que a construção do crematório é “exequível” no local, desde que tenha em conta a estabilidade do talude adjacente. O vereador Luís Farinha (PSD) enfatizou que se trata de um edifício com apenas 300 metros quadrados de área e um único piso, acrescentando que existe também um projecto para melhorar os acessos ao cemitério. Adiantou ainda que o projecto do crematório, a construir por privados, garantiria pelo menos mais 20 anos de utilização do velho cemitério dos Capuchos, descartando a necessidade de construção de um novo com todos os custos que acarretaria.
O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), bem reforçou que o projecto não traria quaisquer custos para o município e iria resolver um problema da cidade e da região, mas os argumentos de nada valeram. A oposição manteve a sua posição e o vereador Ricardo Segurado (PS) não deixou de lembrar que em 2011 foi o próprio PSD a apresentar, pela mão do então presidente da câmara Moita Flores, um projecto para a construção de um novo cemitério, crematório e casa mortuária. Nessa altura o PSD tinha uma maioria confortável no executivo, mas o projecto não avançou.
Tanto o PS como a CDU consideram que o crematório faz falta à cidade e que Santarém, enquanto capital de distrito, devia ser a primeira a ter esse equipamento, mas construído englobando um projecto mais abrangente, ou seja “resultante de uma solução mais consistente, estável e duradoura”, como disse o vereador da CDU Jorge Luís. E obviamente muito mais dispendiosa, como acrescentou depois o presidente Ricardo Gonçalves, que mais tarde reagiria no Facebook dizendo que a decisão da oposição vai fazer com que esse investimento “seja perdido de vez e venha a ser realizado num concelho vizinho, conduzido pelo Partido Socialista”.

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