O presidente da AIP, que liderou o GTIEVA – Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado, considera que na situação em que o país se encontra, “o objectivo principal de um plano de investimento em infraestruturas de transporte é potenciar a competitividade da economia, nomeadamente a sua base exportadora, não menosprezando as preocupações de coesão territorial”.
A ideia foi defendida por José Eduardo Carvalho na abertura do workshop Infraestruturas 2016-2020, organizado pelo Conselho Português de Carregadores, na Figueira da Foz no dia 7 de Junho, no qual participaram mais de uma centena de agentes económicos.
Segundo disse, o consenso sobre plano de investimento em infraestruturas de transporte passa por potenciar a competitividade da economia e pelos constrangimentos orçamentais que lhe estão subjacentes.
José Eduardo Carvalho acrescentou ainda que se verifica “uma notória compreensão e grau de maturidade na sociedade, na economia, no mercado, nas empresas, nos agentes políticos responsáveis, que leva a colocar reservas e reticências a todos os projectos de investimento que apresentem custos certos e receitas incertas”.
Actualmente, apenas 45% dos 30 projectos considerados prioritários pelo GTIEVA estão em execução e tal situação deve-se “a dificuldade de captação de funding, a morosidade nos processos de contratação pública, a morosidade dos licenciamentos, bem como a complexidade técnica de alguns projectos”.