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Integração de trabalhadores da Rumo 2020 na Câmara do Cartaxo não está garantida

Integração de trabalhadores da Rumo 2020 na Câmara do Cartaxo não está garantida

Vereador da oposição, Vasco Cunha, não vê outra solução que não seja a admissão, pela autarquia, dos funcionários da extinta empresa municipal

A Direcção Geral de Autarquias Locais (DGAL) nunca garantiu que viabilizaria a internalização dos funcionários da extinta empresa municipal Rumo 2020 nos quadros da Câmara do Cartaxo. A informação foi dada pelo presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), em sessão camarária. A resposta do autarca socialista surpreendeu o vereador da oposição Vasco Cunha (PSD). “Foi a primeira vez que ouvi o presidente dizer que a DGAL se ‘torcia’ quanto à internalização dos funcionários”, disse.
“Não vejo outra solução neste caso que não seja a internalização dos trabalhadores. Foi dado a entender aos trabalhadores que seriam internalizados na câmara municipal e agora vêem-se na iminência de ficar no desemprego, numa situação precária”, criticou Vasco Cunha, que defende uma solução política para o caso. Os funcionários considerados “imprescindíveis” só podem ficar a trabalhar no município se houver um despacho conjunto do secretário de Estado da Administração Local e do secretário de Estado das Finanças nesse sentido.
Pedro Ribeiro respondeu que sempre disse que tanto ele como o seu executivo tudo fariam para manter os postos de trabalho dos funcionários. “Não é um assunto que esteja nas nossas mãos mas vamos até à exaustão para tentar que os funcionários sejam internalizados no município”, garantiu.
A empresa municipal Rumo 2020 foi formalmente extinta na assembleia-geral realizada no dia 22 de Dezembro de 2015. Pedro Ribeiro explicou, no final de Dezembro de 2015, em reunião do executivo, que estavam a tentar integrar nos quadros da autarquia pelo menos oito dos 11 funcionários que estavam nos quadros da Rumo 2020 com contrato a tempo indeterminado. Um desses 11 funcionários entretanto faleceu e os outros dois não vão integrar os quadros do município.
A extinção da Rumo 2020 deveu-se ao facto de o município ter excedido “todos os limites de endividamento”. “A empresa deveria ter iniciado o seu processo de extinção em 2014 mas durante mais de um ano nada foi feito. Houve uma total inércia para encontrar soluções para os trabalhadores da empresa municipal, o que torna ainda mais difícil a negociação com as secretarias de Estado”, referiu Pedro Magalhães Ribeiro em Maio de 2014.
Os 21 funcionários da Rumo 2020 com contratos a termo certo não os puderam renovar, tendo ido para o desemprego. A Rumo 2020 foi criada na altura em que Paulo Caldas (PS) liderava a Câmara do Cartaxo e o projecto mais polémico em que a empresa se envolveu foi a construção do Parque Central do Cartaxo. A empresa municipal já deveria ter sido extinta em Fevereiro de 2013, altura em que, devido à lei que tutelava a racionalização do Sector Empresarial Local (SEL), foi imposta a extinção das entidades que não satisfizessem inúmeros critérios de sustentabilidade financeira.

Integração de trabalhadores da Rumo 2020 na Câmara do Cartaxo não está garantida

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