Autarcas cada vez mais insatisfeitos com administração do Hospital de Santarém
Presidente da CIMLT e da Câmara de Almeirim volta a pedir demissão de José Josué
Os autarcas da Lezíria têm vindo a demostrar o descontentamento com a administração do Hospital de Santarém e a insatisfação vai ganhando cada vez mais força. O presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e da Câmara de Almeirim é um dos mais críticos e considera que a situação não pode piorar mais do que está, exigindo mudanças. Pedro Ribeiro pede que a administração do Hospital de Santarém se demita. O autarca refere mesmo que se esta não o fizer o ministro da Saúde deve tirar de funções esta administração, liderada por José Josué.
A situação tem a ver com, considera o autarca, a passividade e incapacidade da administração, relativamente às obras do bloco operatório, que já esteve fechado várias vezes por falta de condições. Já para não falar nas questões de funcionamento que, no entender dos autarcas, tem vindo a piorar. Pedro Ribeiro junta-se a outras vozes discordantes de autarcas da região e aproveita para chamar mais uma vez à atenção para a necessidade de mudança, após se perceber que o ministro também não está satisfeito com a administração do hospital.
Recorde-se que o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse na Assembleia da República que a reputação do Hospital Distrital de Santarém é um obstáculo à atracção de mais e melhores médicos, tendo, numa intervenção realizada na semana passada na Assembleia da República, deixado críticas explícitas à gestão de topo e intermédia dessa unidade de saúde e defendido a sua responsabilização.
“Acho inadmissível que a situação do bloco operatório esteja ainda por resolver, anos depois. Quando os 11 presidentes de câmaras (da CIMLT) reuniram com a Administração e com os Chefes de Serviço foi-nos dito que já havia projecto. Pedimos para o ver e mostraram uma planta. Apresentar isso a quem percebe de concursos é no mínimo gozar connosco. A função da Administração é ter resposta para os problemas que têm. Se não tem dinheiro para fazer as obras devem ter o projecto pronto para quando o dinheiro existir elas avançarem de imediato”, comenta Pedro Ribeiro.
O autarca acrescenta: “Das cinco salas do bloco operatório estamos reduzidos agora a duas e provisórias. Isto vai durar pelo menos mais ano e meio tendo em conta a burocracia dos concursos. Entretanto percebemos que o Hospital de Torres Novas tem duas salas de bloco paradas, sem utilização, que podiam e deviam ser usadas por Santarém. Para isso é necessário que os Hospitais se entendam, mas parece que isso é pedir demais a tanta gente que não se preocupa com nada”.