Politécnicos de Santarém e Tomar devem acabar com as praxes
Penso que uma das primeiras condenações judiciais de elementos de comissões de praxes aconteceu em Santarém. Tratou-se de uma queixa de uma caloira da Escola Agrária que, face à recepção e integração de que foi alvo, foi forçada a mudar de escola e de curso. Ganhou em tribunal mas perdeu em termos pessoais. Agora o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, declara que quer que as instituições de ensino superior combatam “as comissões de praxes, classificando-as, em algumas instituições, como organizações secretas”.
Sempre fui contra as praxes e as comissões de praxes. Quando estudei não fui praxado porque nenhum elemento da comissão de praxes se atreveu a tal mesmo tendo as costas quentes com a protecção que lhe era dada pela sua corte. Nem todos os caloiros são capazes de enfrentar as comissões de praxes como eu fiz nem têm cabedal para tal como eu tinha, nem o apoio de amigos robustos como os meus. Por isso apoio o ministro nesta sua intenção e espero que os presidentes dos Politécnicos ajam sem tibiezas. Já basta de sevícias e de impunidade.
Fernando Castro