Os 320 colaboradores do centro de serviços partilhados da Solvay em Carnaxide, Oeiras, não deverão ser transferidos para a unidade da Póvoa de Santa Iria, como era expectativa dos autarcas de Vila Franca de Xira.
Fonte oficial da empresa, escutada por O MIRANTE, garante que “nada evoluiu” no sentido de concretizar essa possibilidade porque, a começar pela natureza das instalações e da actividade que desenvolvem, as mesmas são “muito diferentes”. Tudo aponta, por isso, para que os trabalhadores se mantenham fora do concelho ribatejano. Até porque a sua transferência não seria fácil - um relatório feito há alguns meses pela empresa apontava para custos elevados de uma eventual mudança para a Póvoa de Santa Iria bem como a necessidade de adaptação das instalações ali existentes.
A Solvay já tinha explicado que tem cumprido tudo o que acordou com o Governo e criou postos de trabalho altamente qualificados no centro de serviços partilhados. Na última semana o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), quando questionado pelo vereador Rui Rei da Coligação Novo Rumo sobre uma eventual deslocação dos 320 trabalhadores de Carnaxide para a Póvoa, disse estar esperançado que isso pudesse acontecer. “Há armazéns a serem requalificados na Póvoa e as conversas que temos tido com a empresa vão nesse sentido dos trabalhadores serem relocalizados, esperemos que assim seja”, afirmava.
A unidade de Carnaxide da Solvay foi criada em 2005 e tem crescido de forma consistente empregando hoje 320 colaboradores directos, na maioria jovens licenciados, e cerca de 60 empregos indirectos. “Seria uma grande mais-valia para a Póvoa se estas pessoas passassem a trabalhar, consumir e viver aqui na zona”, defendeu Rui Rei.