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Casal acusado de burlar com promessas de emprego está fugido

Pediam dinheiro para vistos no estrangeiro num esquema usado durante dois anos em Coruche

Um casal que residia em Coruche montou um esquema para extorquir dinheiro a pessoas com falsas promessas de trabalho no estrangeiro. O casal, que está com paradeiro incerto e tem outros processos na justiça parados, por estarem desaparecidos, em que são acusados de praticaram o mesmo esquema. O Ministério Público acusa o homem e a sua companheira da prática de crimes de burla relativa a trabalho e emprego, que prejudicaram pelo menos duas dezenas de vítimas.
O esquema era simples e fácil de praticar porque os arguidos beneficiavam das expectativas de quem queria ter uma vida melhor ou andava à procura de emprego. Segundo a Procuradoria da Comarca de Santarém, os arguidos convenciam as pessoas a depositarem dinheiro numa conta, em nome da mulher, para que pudessem viajar para Cabo Verde e trabalharem em obras de construção civil neste país.
O casal conseguiu enganar várias pessoas durante dois anos, entre 2012 e 2014, na zona de Coruche. O arguido identificava-se como sendo um engenheiro de construção civil e dizia que trabalhava para uma empresa espanhola do sector. Perante o entusiasmo dos trabalhadores interessados, o homem e a mulher exigiam o pagamento de uma quantia de 114 euros, justificando que esse dinheiro iria servir para tratar e obter os vistos de entrada em Cabo Verde, necessários para que pudessem trabalhar no país.
A procuradoria refere, na sua página online, que os “prejuízos causados aos ofendidos ascende a 2.752,80 euros. Os arguidos, acrescenta a procuradoria de Santarém, já foram declarados contumazes em processos sobre factos idênticos, que ocorreram em outras alturas. Sendo considerados contumazes, os arguidos estão proibidos de obterem determinados documentos, certidões ou registos junto de entidades públicas. Com esta figura, caso se apresente num serviço para tratar de um documento, como renovar a carta de condução ou o cartão do cidadão, é de imediato comunicado às autoridades.
Por estarem desaparecidos os arguidos não foram notificados da acusação do Ministério Público mas o processo foi remetido para a Instância Central Criminal de Santarém, a quem cabe fazer o julgamento quando estes aparecerem.

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