Uma câmara municipal e os seus recursos, nomeadamente de natureza orçamental, devem estar ao dispor de uma estratégia partidária, visando manifestamente a sua manutenção no poder ou de uma comunidade?
Ciclo eleitoral após ciclo eleitoral, a estafada e repetida manigância de “mostrar obra” e cortar fitas, de fazer inaugurações muito propagandeadas, em que, quase sempre, não se monitoriza e cuida da utilidade efectiva para a comunidade e da respectiva relação custo-benefício; para depois do ano das vacas gordas, termos 3 anos de vacas magras, em que nos respondem sistematicamente que nem há dinheiro e nem existem respostas aos anseios e necessidades das populações. Pensam mesmo que o eleitorado é estúpido?
Mas não estranhem, nem se indignem, quando os munícipes voltam as costas aos processos eleitorais (em Setembro de 2013: 55,8% de abstencionistas contra 44,2% de votantes e 9% de votos brancos e nulos) e o número dos que recusam participar no acto eleitoral ultrapassa o número dos votos expressos ou quando a soma dos votos brancos e nulos dava para eleger um vereador na autarquia municipal vilafranquense...
Fernando Carvalho