Rio Maior investe na zona ribeirinha e reduz factura da água
Orçamento municipal aprovado sem grandes críticas e até com alguns elogios da oposição
A aposta da gestão municipal PSD/CDS na requalificação da zona ribeirinha de Rio Maior, contemplada no plano de actividades e orçamento da autarquia para 2017, não é consensual no seio do executivo camarário, com o vereador do PS Carlos Nazaré a dizer, durante a discussão do orçamento, que algum desse dinheiro a investir na cidade poderia ser traduzido, por exemplo, na redução de alguns impostos municipais beneficiando assim toda a população do concelho.
Essa foi uma das poucas observações negativas feitas ao orçamento do município para 2017, aprovado na última reunião de câmara pela maioria PSD/CDS, com duas abstenções do PS e um voto contra da CDU. De resto, a oposição registou com agrado a redução da dívida da autarquia e dos encargos com a mesma, o aumento das verbas a transferir para as juntas de freguesia e também a prevista redução do tarifário da água e resíduos - após o aumento acentuado que sofreu para permitir angariar receitas com vista à execução de obras na melhoria do sistema.
“Num orçamento cujo valor global é ligeiramente superior a 21 milhões de euros continuamos a trilhar o caminho da redução do endividamento municipal de médio e longo prazo, prevendo chegar ao final de 2017 com um valor de endividamento bancário na casa dos 8.739.189 euros quando, no final de 2009, atingiu os 20.061.385 de euros”, escreve a presidente da câmara, Isaura Morais (PSD), no preâmbulo do documento.
Grande parte do investimento previsto está enquadrado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (cujo valor de investimento é de cerca de 4 milhões de euros), um programa vocacionado para a requalificação urbana que conta com apoio da União Europeia a 85%. Investimento que tem de ser forçosamente feito em áreas urbanas, como definem as regras de apoio comunitário. A requalificação da zona ribeirinha e valorização do rio Maior, a requalificação e valorização da villa romana e as intervenções na zona mais antiga da cidade, nomeadamente nas praças do Comércio e da República, são alguns dos projectos para avançar em 2017.