“Sempre quis ajudar os outros a fazerem a diferença”
Carla Figueiras, 35 anos, homeopata no distrito de Santarém
Cedo manifestou o desejo de ajudar outras pessoas e o destino levou-a à homeopatia. Carla Figueiras afirma que muitos falam desta medicina tradicional sem a conhecer e que só fala com conhecimento de causa quem já obteve benefícios desta terapia. Trabalha no Centro Médico do Cartaxo, num consultório em frente ao W Shopping de Santarém e nos Consultórios Médicos do Jardim de Almeirim.
Desde nova que sempre li muito. Sempre tive curiosidade sobre como funcionava o ser humano e a saúde e ainda hoje acho esses assuntos fascinantes. Tentei sempre procurar na prevenção e em produtos naturais uma resposta para além dos químicos.
A certa altura da minha vida fui afectada por uma sinusite crónica e só tive francas melhorias quando recorri à homeopatia. Até essa altura nem com antibióticos consegui resolver o problema. Desde cedo comecei a comprar produtos homeopáticos, da naturopatia e da fitoterapia. Perto dos 30 anos procurei por mais informação até me licenciar como homeopata pelo Instituto de Medicina Tradicional.
Vivo em Santarém há dezanove anos e o meu primeiro emprego foi no gabinete de apoio ao estudante do Instituto Politécnico de Santarém. O meu trabalho era direccionar os recém-licenciados. No Instituto fiz uma licenciatura em Educação Social que terminei aos 24 anos.
Sempre quis ajudar os outros a fazerem a diferença. Defendo que devemos procurar soluções e nunca nos acomodarmos. O que me dá mais alegria é sentir que a vida das pessoas mudou pelo que consegui fazer. É o melhor presente que me podem dar.
Estudei muito mas em criança também brincava muito ao ar livre e andava de bicicleta. Nasci no Cadaval. Estive cinco anos na Alemanha porque os meus pais foram para lá trabalhar. Fiz lá os estudos entre o 7.º e 10.º ano e depois continuei os estudos cá. Aprendi a falar alemão e esse tempo fez com que tivesse uma mente mais aberta sobre o mundo. Não tive dificuldades em adaptar-me, foi um desafio.
Nunca vejo as coisas preto ou branco e acho que cada pessoa é única. Se no dia-a-dia oiço algo menos bom de alguém penso sempre que essa pessoa tem uma história por trás e alguma razão para aquele momento. Essa é a minha maneira de estar que se estende para o meu trabalho.
Gosto de um bom filme, de boas histórias e de coisas que puxem pelo raciocínio ou que tenham uma boa lição moral. Os filmes para crianças são óptimos nisso, por exemplo. Gosto de um bom passeio pela natureza, seja mar, floresta ou riachos, de meditar e reflectir à beira-mar. Gosto de animais e de cuidar do ambiente. Gosto de estar com a família e com os amigos. É essencial.
Tenho uma filha com 11 anos que se interessa muito por esta área. A disciplina favorita dela são as ciências, mas não sei se ela vai seguir essa área. Ela saberá o que escolher.
Não sou esquisita quanto a destinos para férias. Gosto de tudo: serra, praia, campo, neve ou cidades. Como o Verão em Portugal dura mais tempo passo mais tempo na praia.
Gosto muito da região de Unhais da Serra (Covilhã) porque tem paisagens lindíssimas e tranquilas. No estrangeiro destaco a República Dominicana. A primeira vez que lá fui ainda não era um destino muito conhecido. Lá as pessoas são felizes com pouco e são muito amistosas e simples.
Não sou radical em nada. Esforço-me para ter uma alimentação saudável mas também cometo erros alimentares. Quando tenho jantares com amigos não vou para lá destoar. As nossas pastelarias são complicadas. Mas regra geral a nossa gastronomia mediterrânea é saudável. Um prato de peixe grelhado com legumes é bom, mas aquelas comidas com gorduras saturadas não podem ser comidas numa base diária.
Tive sempre abordagens positivas em relação à minha profissão. As pessoas falam da homeopatia sem experimentar ou conhecer e já estamos numa fase de crédito e de reconhecimento da terapia. São as pessoas que podem comprovar os seus benefícios.