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Inspecção do Ambiente encerra conduta ilegal que ligava fábrica ao Tejo

Empresa da Vala do Carregado tem 15 dias para remover essa conduta de esgotos que estaria desactivada.

Foi uma denúncia anónima que desencadeou uma acção da Inspecção-Geral do Ambiente (IGA) na fábrica de antibióticos e produtos farmacêuticos Atral Cipan, na Vala do Carregado, no final de Fevereiro que levou ao encerramento de uma conduta ilegal que ligava a empresa no rio Tejo. A empresa terá garantido aos inspectores que a conduta não era usada há bastante tempo.
A conduta em causa não estaria a passar pelas estações de tratamento de efluentes da empresa, condição obrigatória por lei, e acabou selada pela IGA, até por não se encontrar incluída na esquemática do sistema de efluentes permitido pela licença ambiental da empresa. Além da selagem, a IGA ordenou a remoção total da conduta num prazo de 15 dias e, em paralelo, está a desenvolver trabalhos de avaliação “mais profunda” do funcionamento daquela empresa, revela fonte daquela entidade.
A empresa, que em 2015 alcançou um volume de negócios a rondar os 16 milhões de euros, não presta para já declarações sobre o assunto. Fonte da IGA refere no entanto que aquando da descoberta da conduta não foram detectados quaisquer efluentes, o que não significa que não pudessem ter havido descargas ilegais no passado.
Ainda assim a denúncia sobre alegados despejos levou as autoridades a actuar. As descargas têm de cumprir valores limite e passar pelos órgãos de tratamento autorizados pelo que a IGA vai continuar a diligenciar junto dos sistemas de tratamento de efluentes próprios da empresa para se certificar que estão a ser cumpridos os requisitos legais e da licença ambiental. A Atral Cipan iniciou a sua actividade em 1693 na Vala do Carregado e dedica-se à produção e comercialização de substâncias farmacêuticas empregando actualmente cerca de seis dezenas de trabalhadores.

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