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Tofu obrigado a interromper tratamento em Espanha

Tofu obrigado a interromper tratamento em Espanha

Jovem de Alpiarça sofreu acidente de viação em Setembro de 2011. Família já não tem meios financeiros para custear terapia.

A família de Gonçalo Neves, que em Setembro de 2011 sofreu lesões graves após um camião ter embatido na traseira do seu carro na zona de Vila Chã de Ourique, Cartaxo, já não tem mais meios financeiros para que o jovem possa continuar os tratamentos na clínica em Santiago de Compostela, Espanha, onde estava há cerca de quatro anos. Gonçalo, actualmente com 26 anos, ficou num estado vegetativo devido a um traumatismo crânio-encefálico “muito grave”. Era militar voluntário desde Abril de 2011 e tinha como objectivo entrar na Academia Militar.
O dinheiro da família acabou e o julgamento do caso começou apenas em Dezembro do ano passado, mais de cinco anos após o acidente ter acontecido. Os pais de Gonçalo, também conhecido por Tofu, querem acompanhar o julgamento que vai prolongar-se pelo menos até final de Abril e de que poderá resultar uma indemnização que permita continuar a suportar os tratamentos.
“Ainda não há data sequer para as alegações finais que podem vir a ocorrer nos meses seguintes e só depois é que podemos esperar pela sentença. Já não temos meios económicos para prosseguir o tratamento do Gonçalo em Santiago de Compostela. Foram três anos e meio de tratamentos intensivos que ajudaram a recuperar algo do Gonçalo, que necessita ainda de longa reabilitação. O problema é que não temos mais bens nem jóias para vender, não há mais cinto para apertar, atingimos todos os limites de sacrifício. Não nos resta outra solução que não seja aguardar, com esperança, novos dias, uma nova etapa e com forças renovadas”, refere Sandra Martins, mãe de Gonçalo.
Recorde-se que o julgamento foi desmarcado e adiado por três vezes. Como
O MIRANTE noticiou (ver edição 2 Novembro 2016) os pais explicaram o que se passou. “Em Julho de 2014, em sede de instrução, o juiz dá como provados os factos apresentados por nós. Que o Gonçalo estava parado com o carro na berma, que o camião que embateu por trás no carro do nosso filho circulava em excesso de velocidade e que o motorista ia distraído. O camionista é indiciado pela prática dos crimes e o processo segue para julgamento”, contavam os pais de Gonçalo Neves em Setembro de 2016 a O MIRANTE.
Só que as coisas não correram com a celeridade desejada. A primeira data para início do julgamento foi a 6 de Outubro de 2015, um ano e três meses depois do juiz de instrução ter indiciado o camionista. Segundo os pais de Tofu, o tribunal justificou este prazo tão longo com o facto de ser um processo muito complicado e a necessidade de realizar uma série de diligências.

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