Fiquei ontem a saber, através da edição online do vosso jornal, do grave acidente de viação ocorrido em Torres Novas no passado dia 5 de Maio. Tal notícia não teria para mim qualquer relevância não fosse o facto de hoje ter ficado a saber que a vítima principal do acidente, o condutor do ligeiro de passageiros, é o senhor António Conde, muito conhecido, historiador e grande divulgador e benfeitor da sua terra natal, Loriga. Esse senhor, que foi retirado do veículo pelos bombeiros, sofreu fractura do externo e lesões nas costelas, portanto não sei se esse quadro, que corresponde a uma imobilidade forçada durante algumas semanas, pode ser encaixado na definição de ferimentos ligeiros.
Fiquei a saber também que o acidente foi provocado pelo condutor do ligeiro de mercadorias que não respeitou as chamadas regras da prioridade do código, tendo atravessado a estrada em direcção a um espaço comercial, sem verificar se podia fazê-lo com segurança, barrando a passagem ao senhor condutor do ligeiro de passageiros. Não fosse o uso regular dos cintos de segurança e o bom funcionamento do airbag e as consequências teriam sido muito mais graves para os ocupantes do ligeiro de passageiros.
Fiquei também a saber que aquele local é um verdadeiro ponto negro de Torres Novas, onde inclusive já houve vítimas mortais, e um dos dois locais da mesma via onde há muito se impõe a construção de uma rotunda, que tarda em ser feita apesar das muitas que já foram feitas nessa cidade.
Felizmente esse senhor sobreviveu para contar a história mas a próxima vítima desse local pode não ter a mesma sorte como, aliás, já aconteceu. Aproveito para publicamente lhe desejar as rápidas melhoras depois de já o ter feito de forma particular.
Tiago da Cruz