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Jovens dizem que faltam espaços de entretenimento em Vila Franca de Xira

Jovens dizem que faltam espaços de entretenimento em Vila Franca de Xira

Na última Assembleia Municipal Jovem, que teve lugar na Escola D. Martinho Vaz de Castelo Branco, na Póvoa de Santa Iria, alunos de várias escolas do concelho discutiram ideias para tornar o concelho mais atractivo a nível turístico. A maioria ainda considera que não existem espaços de lazer e actividades suficientes para se divertirem e por isso preferem ir para Lisboa.

Muitos jovens do concelho de Vila Franca de Xira optam por se deslocarem para Lisboa à noite ou ao fim de semana em busca de actividades de entretenimento ou culturais, aproveitando a proximidade e os bons acessos à capital e a falta de alternativas que dizem existir no município onde residem.
“A noite em VFX está cada vez a morrer mais e, se a câmara não toma cuidado, vai morrer por completo”, alerta João, de 17 anos, aluno do curso profissional de turismo da Escola Professor Reynaldo dos Santos, uma das sete escolas presentes na Assembleia Municipal Jovem que ocorreu na Escola D. Martinho Vaz de Castelo Branco no dia 6 de Maio.
Apesar de criticar a pouca oferta de entretenimento nocturno no centro de Vila Fraca de Xira, João reconhece que o cenário é ainda mais negro em Castanheira do Ribatejo: “Aí não há mesmo nada, não se vê ninguém na rua. E dantes vínhamos para VFX e agora até aqui é raro encontrar pessoas na rua à noite”. A colega Mariana, de 16 anos, acrescenta: “Uma vez tentei passar a passagem de ano cá e foi impossível porque não há fogo-de-artifício nem cafés abertos, nada que nos possa divertir. Era uma boa altura para receber não só turistas mas também entreter a população de cá, mas não está bem aproveitada, o que nos obriga a ir para Lisboa e outros locais. Afasta-nos de cá”.
A colega Vlada, 18 anos, acrescenta que o único espaço onde os jovens de VFX se podem divertir à noite é a discoteca SoHo e já nem aí estão à-vontade: “Quando uma pessoa lá quer ir aquilo está sempre a abarrotar, não dá para respirar. Até costumava ir, mas deixei de ir, passei a ir para Lisboa”.
Mas nem tudo é mau e os três jovens destacam que há pontos turísticos de interesse. Além da Fábrica das Palavras, da estação ferroviária e dos azulejos no interior da mesma, Vlada sugere a Praça de Toiros, porque “muita gente não sabe que antigamente era usada como uma prisão, e a forma como foi construída e é conhecida, tanto cá dentro como fora de Portugal, é incrível”.

Festas projectam Vila Franca de Xira
O Colete Encarnado e a Feira de Outubro foram reconhecidos pelos três e por outros colegas como as principais razões para Vila Franca de Xira ser conhecida no resto do país. “Se não fossem estas festas, VFX estaria tão perdida no mapa como a Castanheira do Ribatejo, que também só se mantém de pé com as Festas de S. João”, considera Fábio Marques de Andrade, aluno da Escola António de Ataíde e segundo secretário na mesa da assembleia.
Além de Fábio, também Sofia Nunes, aluna da Escola Professor Reynaldo dos Santos, e António Pelouro, da Escola Alves Redol, ouviram as propostas dos colegas das várias escolas para tornar VFX mais cativante para quem lá vive e para quem a visita. Dentro dos pontos de maior interesse, destacaram o miradouro de Monte Gordo e o Museu do Neo-Realismo. “Havendo tão poucos no país e este estando tão completo, é importante dá-lo a conhecer”, defendeu António. Sofia acrescentou o rio Tejo, através do passeio ribeirinho ou de um passeio de barco: “Acho que se podia apostar mais nos desportos náuticos e nas actividades no rio que está muito pouco promovido”.

As propostas dos jovens

Na Assembleia Jovem foram várias as propostas dos alunos das escolas presentes para dinamizar o concelho: desde a criação de um parque aventura onde se pudessem desenvolver actividades radicais ao ar livre, à semelhança do que existe no parque de Bucelas, o prolongamento do passeio pedonal ribeirinho até Castanheira do Ribatejo e a recuperação de edifícios que estão a ser mal utilizados, como a Estalagem do Gado Bravo ou o centro comercial e a sua conversão em espaços de lazer e cultura.
A preocupação sobre a poluição do rio Tejo também foi referida numa das intervenções que mais surpreendeu os presentes, bem como a criação de um centro de formação voltado para o turismo.

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