Jovens solidários dão sangue na Escola Secundária do Forte da Casa
A Associação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa de Santa Iria tem 35 campanhas de dádivas de sangue e inscrições para dadores de medula óssea programadas para este ano. Na que aconteceu na Escola Secundária do Forte da Casa foram vários os estreantes que disseram querer repetir.
Os alunos da Escola Secundária do Forte da Casa, maiores de 18 anos e saudáveis tiveram na sexta-feira, 19 de Maio, oportunidade de darem sangue e inscreverem-se como potenciais dadores de medula óssea na colheita de sangue e acção de sensibilização que a Associação de Dadores Benévolos de Sangue da Póvoa de Santa Iria promoveu na escola.
Essa foi uma das 35 iniciativas que a associação tem planeadas para este ano, várias delas em escolas. “É importante começar a sensibilizar os alunos. Os que são maiores de idade já podem doar e os que ainda não são pelo menos levam os panfletos e passam a mensagem em casa e sensibilizam as famílias”, explicou Nuno Caroça, presidente da associação.
Tatiana Julião, 18 anos, está no 11º ano do curso profissional de Técnico Auxiliar de Saúde e foi uma das várias jovens que depois de preencher o questionário inicial e passar pela consulta com a médica de serviço ficou apta para doar sangue. Foi a primeira vez e correu bem: “Não me estou a sentir mal, sinto-me normal. Tenho um bocado de medo de agulhas mas não houve problema nem doeu nada”.
Quanto aos colegas de turma, nenhum apareceu e Tatiana reconhece que não há interesse da parte deles. “A divulgação que é feita destas iniciativas é suficiente, falta é coragem às pessoas e preocuparem-se com o assunto. Algumas não querem saber porque estão bem, não precisam agora, e enquanto não passarem por uma situação em que precisem não vão conseguir perceber”. Tatiana nunca passou por nenhum caso em que necessitasse de receber uma transfusão de sangue mas tem a noção de que “é importante ajudar e quero continuar a fazê-lo”.
“Só dói um bocadinho, depois passa logo!”
Um dos dadores de sangue estreantes foi Diogo Dias, 18 anos, aluno do 10º ano do Curso Profissional de Turismo da Escola do Forte da Casa. Vinha bastante nervoso e confessa que lhe custou um bocadinho “a pica” da agulha mas reconhece que é um pequeno sacrifício “para poder ajudar alguém que precisa. E só dói um bocadinho, depois passa logo!”.
Mas nem todos os que querem ajudar os outros o podem fazer. Para Margarida Anastácio, 18 anos, e Natasha Ribeiro, 19 anos, colegas na turma do 11º do Curso Profissional de Turismo, esta ainda não foi a altura certa para doarem sangue. “Eu estou a fazer um tratamento dentário, levei três anestesias e como foram há pouco tempo, ainda não posso doar. E a Natasha está doente e está a tomar medicação por isso também não pode”, explicou Margarida, que foi incentivada pela família: “Tenho casos na família em que foi preciso receber dádivas de sangue e sei que assim podemos ajudar o próximo”. Daqui a quatro meses, quando já tiver passado o período de intervalo obrigatório entre dádivas, querem tentar novamente e esperam que já estejam aptas para doar.