Câmara de Rio Maior interessada nas instalações do IVV mas a custo zero
Património do Instituto do Vinho e da Vinha encontra-se ao abandono há largos anos
A Câmara de Rio Maior está interessada em reabilitar e aproveitar as antigas instalações do IVV (Instituto do Vinho e da Vinha) na cidade, desde que o Governo as ceda em regime de comodato ou de outra forma que não onere os cofres do município. Desactivado há alguns anos, aquele património do Estado vai-se degradando, à semelhança do que tem acontecido com outras instalações do IVV da região, nomeadamente em Alpiarça e Almeirim. Na última reunião do executivo camarário, o vereador Daniel Pinto (PS) aludiu ao abandono daqueles imóveis, situadas junto à EN 114, na entrada sul da cidade, e perguntou se existe alguma ideia de futuro para aquelas instalações. “É um assunto que nos deve preocupar”, referiu o autarca socialista.
Na resposta, a presidente da câmara, Isaura Morais (PSD), explicou que primeiro houve contactos junto do IVV, quando aquele património ainda estava na posse do Ministério da Agricultura, para avaliar a possível aquisição das instalações por parte do município. No entanto, o valor que na altura foi pedido à autarquia “era completamente absurdo”, afirmou a autarca.
Posteriormente, os imóveis passaram para a posse do Ministério das Finanças, o que tornou “ainda mais difícil” a possibilidade de um acordo entre município e administração central. Isaura Morais disse que em recente contacto com o actual presidente do IVV foi novamente aflorada essa questão, até porque o actual Governo terá intenção de transferir muito do seu património devoluto para as mãos dos municípios. “O município de Rio Maior já manifestou a intenção de ficar com o espaço e requalificá-lo”, afirmou a autarca.
Em Setembro de 2016, o presidente do IVV, Frederico Falcão, reconhecia a
O MIRANTE que o estado de abandono de alguns imóveis pertença do instituto não era muito abonatório para a imagem desse organismo público e afirmava estar empenhado em reverter o actual cenário, apesar de admitir que o contexto de crise que se vive não é favorável.